Um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge acredita ter identificado o mecanismo através do qual as placas beta-amilóides se acumulam no cérebro.
Mas a melhor notícia é que eles podem ter provado que é possível controlar este processo, aumentando assim a esperança de que será possível travar a doença.
Os cientistas descobriram uma relação entre a quantidade de proteínas saudáveis que são depositadas nas fribilas existentes, e a taxa e auto-replicação da fibrila.
As fibrilas, conhecidas como amilóides, ficam interligadas e enredadas umas com as outras, provocando a acumulação das chamadas ‘placas’ que são encontradas nos cérebros dos pacientes de Alzheimer.
Os cientistas foram capazes de mostrar que alterando a forma como as proteínas saudáveis interagem com a superfície de fibrilas, é possível controlar a auto-replicação de fibrilas.
A Dra. Andela Saric, pincipal autora do estudo, disse: "Um dos mistérios da formação de placas amilóides é como, após a sua formação longa e lenta, a velocidade da sua progressão se torna muito mais rápida. Nós identificamos os fatores que de facto fazem com que o sistema catalise a sua própria actividade, tornando-se num processo de fuga. Mas esta descoberta sugere que, se somos capazes de controlar a acumulação de proteínas saudáveis sobre as fibrilas, podemos ser capazes de limitar a agregação e difusão de placas”.
As conclusões do estudo foram publicadas na revista Nature Physics.