Custa-lhe diferenciar a esquerda da direita? Saiba porquê

Um dificuldade que pode ter algumas implicações no dia a dia e gerar bastante desconforto social.

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Vânia Marinho
03/08/2016 15:02 ‧ 03/08/2016 por Vânia Marinho

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Já não é criança mas tende a confundir qual é a mão esquerda e qual é que é a mão direita? Não está sozinho, há várias pessoas que também sofrem desta dificuldade.

Apesar de não ser muito comum, há pessoas que simplesmente estão sempre a confundir a esquerda com a direita e vice-versa – e não falamos de política, mas das coordenadas espaciais.

Ainda que a ciência já tenha estudado este fenómeno, anão há respostas claras. O El País falou com Joan Deus Yela, professor de psicologia na Universidade Autónoma de Barcelona, que explica que a orientação ‘esquerda-direita’ desenvolve-se em duas fases: a intrapessoal, que permite diferenciar dentro do próprio esquema corporal, e a extrapessoal, encarregada de discriminar estes dois lados noutras pessoas, como num espelho.

A primeira fase desenvolve-se por volta dos cinco anos, associada à aprendizagem (ler e escrever) e durante essa altura é normal que os professores notem inversões na grafia de letras e números.

A segunda, como o professor explica, ocorre mais tarde, por volta dos nove anos. E por norma supera-se essa confusão entre a esquerda e a direita, própria da infância. Mas pode persistir em alguns adultos.

Até porque não é fácil. Ao contrário do norte e do sul que ficam sempre a norte e a sul, respetivamente, a esquerda e a direita, como um sistema de coordenadas colado a nós, muda sempre que nos movemos.

Segundo Joan Deus Yela, mais de 15% da população tem dúvidas em relação a estes termos espaciais, confusão que pode estar associada a patologias como síndrome de Gerstmann, uma doença neurológica grave. A incapacidade de se orientar no espaço também pode dever-se a um dano cerebral provocado, por exemplo, por um acidente.

Mas, em geral, esta dificuldade não tem nenhum causa médica. “Assim como existe uma inteligência numérica ou linguística, existe uma espacial e nem todos temos a mesma”, como explica José Antonio Portellano, professor de Neuropsicologia da Universidade Complutense de Madrid.

Joan Deus Yela destaca que geralmente é um problema de automatização. Não é que as pessoas não saibam qual é a mão esquerda e a mão direita, apenas não conseguem responder ou seguir a direção automaticamente, têm de pensar uns segundos.

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