Será o fim da doença de Alzheimer? Anticorpo mostra-se promissor

Chama-se aducanumab e pode mesmo impedir que a doença se desenvolva.

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Vânia Marinho
01/09/2016 07:00 ‧ 01/09/2016 por Vânia Marinho

Lifestyle

Estudo

Cientistas revelaram uma droga experimental capaz de remover a acumulação de proteínas no cérebro de pessoas com Alzheimer em estágio leve e de retardar o seu declínio mental.

Um estudo publicado esta quarta-feira na revista científica Nature revela que o aducanumab, um anticorpo desenvolvido pela empresa biotecnológica Biogen, pode trazer a cura para a doença de Alzheimer.

De acordo com um grupo de investigadores dos Estados Unidos e da Suíça, que testaram o aducanumab em 165 pessoas com Alzheimer em fase inicial durante um ano – sendo que parte dos voluntários recebeu injeções mensais deste anticorpo e outra parte tomou um placebo -, nos cérebros dos pacientes que receberam a droga, houve uma "eliminação quase completa" das chamadas placas amiloides.

As placas amiloides são proteínas que se agrupam em depósitos no cérebro, bloqueando os neurónios - um dos mecanismos que os cientistas suspeitam que pode provocar Alzheimer.

E há mais, como reporta o Daily Mail, parece que esta droga é até capaz de deter a doença, pois os pacientes tratados, ao contrário dos que tomaram placebo, mostraram não ter tido qualquer declínio na memória ou nas funções do dia a dia.

Mas como o número de pessoas foi muito pequeno agora os cientistas vão realizar um estudo maior com 2700 pessoas em fase inicial de Alzheimer que esperam que termine em 2020. E só depois de esta droga se mostrar mesmo eficaz é que se pode pensar em trazê-la para o mercado e para os pacientes.

Há dificuldades muito importantes que é preciso ultrapassar, nomeadamente um efeito colateral preocupante do aducanumab, que é o risco de o fluido se acumular no cérebro, aumentando o risco de acidentes vasculares cerebrais.

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