Encontrada ligação entre bactérias fecais e obesidade

Novo estudo encontra ligação entre o leque de bactérias nas fezes e os níveis de gordura prejudicial para a saúde.

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Daniela Costa Teixeira
02/10/2016 07:12 ‧ 02/10/2016 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Estudo

Uma equipa de investigadores do King’s College London vem dar mais um passo na luta contra o excesso de peso. Conta a Reuters que descobriram que as pessoas com uma grande diversidade de bactérias nas fezes apresentam níveis mais baixos de gordura visceral, aquela que é considerada a mais perigosa para a saúde por estar envolvida em torno de órgãos como o fígado, o pâncreas e os intestinos.

Publicado na revista Genome Biology, o estudo teve por base a análise das fezes de 1,131 gémeos e os níveis de obesidade de cada um dos participantes. A quantidade e tipo de bactérias e micróbrios presentes nas fezes foi o aspeto que captou mais a atenção dos especialistas.

Assim que cruzaram os dados acerca das bactérias fecais e dos níveis de obesidade (calculados através do índice de massa corporal - um dos cálculos mais fiéis para determinar o grau de obesidade de uma pessoa), os cientistas concluíram que existe “uma clara ligação entre a diversidade bacteriana nas fazes e os marcadores de risco de obesidade e doença cardiovascular”, como explicou a mentora do estudo Michelle Beaumont, citada pela Reuters.

Para os investigadores, este estudo é apenas mais uma prova da importância das bactérias existentes no corpo (em particular nos intestinos) para a saúde e para a capacidade do organismo combater a acumulação de gordura.

No ano passado, uma investigação conduzida pelo professor de epidemiologia genética Tim Spector, também do do King´s College London, em Inglaterra, revela que a ‘comida de plástico’ (ou fast food) mata bactérias importantes do estômago que ajudam a proteger contra a obesidade, diabetes, cancro, doenças cardiovasculares, problemas inflamatórios e autismo.

De acordo com este especialista, o segredo para uma perda de peso eficaz e saudável está no cultivo de bactérias saudáveis no intestino, as mesmas que podem ajudar a prevenir o cancro.

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