Dieta sem glúten: Mitos que devem cair já por terra

Não são apenas aqueles que sofrem com a doença Celíaca de abdicam do glúten, há cada vez mais pessoas a evitar este ingrediente. Mas será que o fazem pelas razões corretas?

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Daniela Costa Teixeira
30/09/2016 23:44 ‧ 30/09/2016 por Daniela Costa Teixeira

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O glúten é o conjunto de proteínas insolúveis presente no trigo, na cevada e no centeio. Trata-se de um componente com uma ação direta no sistema digestivo e que pode interferir com o mesmo, especialmente perante intolerâncias ou sensibilidades.

A exclusão do glúten é uma necessidade para todas as pessoas com a doença Celíaca, mas a verdade é que não para de crescer o número de casos em que esta proteína cereal é banida da alimentação seja por questões de saúde ou por se acreditar que ajuda a emagrecer.

Embora os médicos e nutricionistas apontem frequentemente o dedo ao glúten, defendo que traz mais malefícios do que benefícios para a saúde, existem ainda estudos controversos acerca do impacto do glúten na saúde das pessoas não celíacas, tendo sido desaconselhada a sua exclusão da dieta das crianças.

Uma vez que o glúten é um dos temas alimentares da moda e que as teorias continuam a multiplicar-se, muitas vezes num diz que disse descontrolado e nada fundamentado, está na hora de deitar por terra algumas dos mitos mais comuns acerca deste tema. Quem o faz é a revista Health, que indica tudo aquilo em que as pessoas devem deixar de acreditar acerca do glúten.

MITO 1 – Todas as pessoas devem excluir o glúten da alimentação.

Como já dissemos, há quem defenda a inclusão do glúten na dieta, como é o caso desta médica e do guru da alimentação Michael Pollan. De acordo com a revista, apenas as pessoas celíacas e que se sentem mal após a ingestão do glúten devem evitar a ingestão do mesmo.

MITO 2 – Se corar no consumo de glúten, o corpo vai sentir falta de alguns nutrientes.

Embora a exclusão do glúten não seja necessária, a verdade é que o corpo humano é perfeitamente capaz de sobreviver sem este ingrediente.

MITO 3 – Não comer glúten vai ajudar a emagrecer.

Esta é uma das ideias mais erradas, especialmente se o tradicional pão de trigo for substituídos por um pão processado que está à venda num supermercado com um rótulo que diz ‘sem glúten’, mas que, na realidade, tem gordura, sal e açúcar em fartura para proporcionar a textura e o sabor ideal e o mais idêntico possível ao pão ‘verdadeiro’. A exclusão do glúten apenas poderá fazer emagrecer (ou pelo menos perder algum inchaço) quando a sua ingestão não está a fazer bem.

MITO 4 – Cortar no glúten implica deixar de comer hidratos de carbono.

Mais um erro. Existe muita vida além do pão e não faltam exemplos de hidratos de carbono saudáveis: arroz, arroz integral, massa de quinoa, massa de espelta, quinoa, batata, batata-doce, courgette, abóbora, lentilhas, feijão, etc, etc, etc.

MITO 5 – Dizer adeus ao glúten implica deixar de comer cereais.

Se está a pensar nos cereais de pequeno almoço, até pode estar mais ou menos certo, mas existe um vasto leque de cereais sem glúten, a começar pela aveia quando devidamente rotulada como isenta de glúten, uma vez que se trata de um cereal facilmente contaminável. Arroz, millet, milho, teff, amaranto, trigo sarraceno, etc.

MITO 6 – O glúten está apenas no trigo.

Como lhe revelámos, o glúten está presente no trigo, no centeio, na cevada… e numa grande parte dos alimentos processados e industrializados, sendo, por isso, importante olhar com atenção para o rótulo e procurar o certificado da ACP – Associação Celíaca Portuguesa.

 

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