A exclusão do glúten da alimentação é uma necessidade para todas as pessoas que possuem a doença celíaca. Este conjunto de proteínas insolúveis presente no trigo, cevada, centeio e até aveia (quando é alvo de uma possível contaminação na produção) pode ser fatal para as pessoas que são alérgicas, mas é cada vez mais evitada por pessoas que não possuem este problema de saúde.
Algumas sentem, de facto, um desconforto e uma má disposição depois de ingerir glúten, outras optam por excluir todos os alimentos ricos neste conjunto de proteínas para conseguir emagrecer.
Os riscos associados à exclusão do glúten dependem de pessoa para pessoa, sendo apenas conhecidos os malefícios que este tipo de alimentação tem nas crianças que não são celíacas. No caso dos adultos, tudo depende do próprio organismo e do estilo de vida que têm, daí a importância de se aconselharem junto de um médico ou nutricionista antes de mudar drasticamente a alimentação. Sim, o glúten está presente em muitos alimentos.
Embora a exclusão do glúten não seja prejudicial na grande maioria das pessoas, continuam a ser cometidos erros que podem colocar em risco a saúde e o bem-estar. Um desses erros prende-se com o facto de muitas pessoas tirarem esta proteína da alimentação sem realmente precisarem, acabando por ingerir menos nutrientes do que aqueles que deviam e que são necessários para o bom funcionamento do organismo.
De acordo com a revista Prevention, que conversou com alguns especialistas em saúde e alimentação, um outro erro comum é a compra de alimentos com o rótulo ‘sem glúten’. Estes alimentos são altamente processados e ricos em gorduras e aditivos, pois só assim conseguem alcançar a textura e sabor que teriam se o glúten não tivesse sido banido.
Não saber ler os rótulos dos alimentos adequadamente é um outro erro comum, uma vez que existem componentes químicos e alternativas alimentares disfarçados em códigos e números e que, na verdade, podem ser altamente prejudiciais para a saúde. Mais uma vez, esta necessidade de saber analisar um rótulo prende-se fundamentalmente com os alimentos processados que se rotulam como ‘sem glúten’.
Por fim, mas não menos comum, está o erro de não saber se o produto foi ou não contaminado. Vejamos o exemplo da aveia. À partida, trata-se de um cereal sem glúten, mas apenas as embalagens certificadas como ‘sem glúten’ ou ‘biológico’ é que asseguram a ausência deste conjunto de proteínas, uma vez que revelam que a aveia não foi alvo de contaminação. Mas existe um outro exemplo importante de salientar: as padarias. Um pão sem glúten que está lado a lado com pães com glúten, que é cortado com a mesma faca ou na mesma máquina pode ser também um pão contaminado.
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