‘Mãe, porque é que o gato mia? Também podemos miar?, ‘Pai, porque é que a minha bicicleta tem quatro rodas e a dele duas?’, ‘O cão levanta a pata para fazer xixi. Porquê?’. ‘Porque é que temos de comer todos os dias?’. Porquê, porquê, porquê?
Esta é possivelmente uma das palavras preferidas das crianças e aquela que mais vezes repetem durante a infância. A ‘fase dos porquês’ é comum em ambos os géneros e espelha a curiosidade imensa dos mais novos pelo mundo, pelas pessoas e pelos pequenos pormenores, até mesmo por aqueles que nem dão conta.
Às primeiras perguntas, aos pais ainda são capazes de dar respostas educativas e boas explicações, mas a verdade é que o ‘porque sim’ é muitas vezes a resposta mais fácil de dar e a forma mais eficaz de travar o questionário diário que as crianças tanto gostam de fazer. Mas este é um comportamento errado.
A ciência diz que estas questões ‘inocentes’ das crianças são oriundas de uma capacidade filosófica e curiosidade científica que lhes são inatas, contudo, as respostas devem ser o mais concretas, reais e cognitivas possíveis.
Diz o site Aeon, citado pelo US Science, que os pais devem dar respostas em função do mundo real, pois são estas explicações que vão promover a aprendizagem e a descoberta. Na prática, os pais devem esforçar-se sempre por responder o mais fielmente possível à questão que os filhos lhe colocam, tendo em conta, claro a capacidade que têm para compreender.
Responder de uma vez à questão é uma forma de a criança não voltar a repeti-la, mas é possível que arranje uma nova não tarda.