Os alimentos processados que pode e deve comer muito

E se lhe dissermos que alguns alimentos processados não são apenas bons, são ótimos para a saúde?

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Daniela Costa Teixeira
04/04/2017 09:00 ‧ 04/04/2017 por Daniela Costa Teixeira

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De dia para dia surgem novos e mais aprofundados estudos científicos sobre os malefícios associados ao consumo de alimentos processados. É certo que estes alimentos altamente industrializados promovem o ganho de peso e a acumulação de gordura, desencadeando um sem número de doenças e patologias, mas é importante não cair em extremos, nem tão pouco em fundamentalismos.

Embora mais de metade daquilo que comemos diariamente não seja ‘comida de verdade’, é certo que nem todos os alimentos processados são um veneno para a saúde… pelo contrário. Existem alimentos que foram alvo de algum tipo de processamento, mas sem que tal implicasse a junção de aditivos, corantes e conservantes.

Vejamos o caso das frutas e dos vegetais congelados. A sua composição é idêntica ao alimento no seu estado natural e a única forma de processamento de que foi alvo foi mesmo a congelação, que não só permite manter os nutrientes intactos, como pode mesmo melhorar o valor nutricional, como acontece com os mirtilos, com os brócolos e com as vagens, que, depois de congelados, ficam com mais antioxidantes, vitamina B e vitamina C, respetivamente, como destaca o Buena Vida do El País. E, já agora, sabia que o café fica melhor depois de congelado?

Para além das frutas e vegetais congelados, existem outros alimentos processados que - quando bem escolhidos – são benéficos para a saúde, como é o caso do iogurte (preferencialmente grego e de baixo teor de gordura), do atum, sardinha e cavala em lata, da gelatina (preferencialmente sem açúcar), dos cereais enriquecidos com vitaminas e minerais, das frutas desidratadas e da manteiga de amendoim (desde que seja feita apenas com amendoim e não com açúcar e óleo de palma, como muitas das versões que estão à venda nas grande superfícies).

As saladas de saco, como aquelas que são vendidas em supermercados e que estão prontas a comer, são um outro exemplo de alimento processado que é amigo da saúde, uma vez que as propriedades nutricionais do alimento no seu estado cru mantém-se intacta.

Também os frutos secos – sim, são alvo de processamento para ficarem sem casa – são um outro exemplo que vem provar que nem tudo o que é processado faz mal, conta a publicação.

Também os alimentos germinados e fermentados são processados e benéficos para a saúde. Contudo, o processo de fermentação deve ser cuidado e preferencialmente feito em casa, de forma a evitar a inclusão de conservantes e químicos que aumentem a validade.

Aqui, pode encontrar um guia para decifrar todos os alimentos processados e aqui todas as diferenças entre comida de verdade e comida processada (artigo que se refere ao lado negro da industrialização dos alimentos).

Para não cair em erros e enganos, não há nada melhor do que ler o rótulo do alimento antes de o comprar, regra que deve ser também aplicada nos vegetais e frutas congelados, pois só assim é possível saber se se está ou não a comprar um alimento no seu estado puro. Estes são os quatro aspetos a ter em conta na hora de analisar o rótulo de um alimento.

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