Deve-se treinar antes ou depois do pequeno-almoço?
Os treinos matinais são dos mais apreciados, mas até mesmo quem gosta de acordar cedo para se exercitar tem dúvidas quanto à alimentação. Afinal, deve-se treinar antes ou depois do pequeno-almoço?
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Lifestyle Especialista
A alimentação desportiva é um dos campos da nutrição que mais dúvida e confusão gera nas pessoas. Algumas optam por comer antes de treinar, já outras acreditam que se praticarem exercício em jejum terão mais benefícios. Mas, em que ficamos?
Segundo a ciência, não há uma opção melhor do que a outra, até porque o efeito de comer ou não comer apenas depende do organismo de cada pessoa e, claro, do tipo de exercício praticado.
Na prática, conta a BBC, fazer uma alimentação pré-treino pode mesmo dar mais energia e ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue, prevenindo possíveis quebras de tensão ou uma má disposição, contudo, tudo depende do organismo da pessoa, do treino e, claro, dos alimentos consumidos antes de treinar. Segundo a ciência, o café tende a ajudar, assim como os hidratos de carbono complexos, mas é possível que, para algumas pessoas, uma peça de fruta seja o suficiente, enquanto para outras se deva apostar numa taça cheia de papas de aveia.
Já quem prefere comer não está, de todo, a cometer pecado algum… pelo contrário. Estudos realizados sobre o tema indicam que treinar sem comer pode promover a perda de peso, embora tal possa não acontecer em todas as pessoas. Mas será uma opção saudável e até segura?
Comer ou não comer antes do treino, eis a questão
À BBC Mundo, o nutricionista espanhol Daniel Escaño explica que ter em conta o Índice de Massa Corporal (IMC) e a rotina de treino da pessoa é a melhor forma de saber se esta deve ou não treinar em jejum, contudo, não hesita na hora de dizer que “é vital e imprescindível ingerir algo antes de se fazer exercícios”, uma vez que “não faz sentido submeter-se a uma situação de stress” quando o corpo está fraco, fraqueza essa que resulta de um período de jejum.
Para Escaño, o atleta “precisa de ingerir algo para que o organismo possa funcionar corretamente e fazer o trabalho muscular”, tal como acontece com um carro, que “precisa de combustível”. Porém, e recorrendo mais uma vez ao exemplo do carro, é preciso dar o combustível correto e é aqui que entra a importância de não copiar dietas, nem tão pouco de seguir modas, uma vez o impacto dos alimentos não é igual em todas as pessoas.
À BBC Mundo, o nutricionista frisa que a ingestão de alimentos adequados é fundamental para que os benefícios da atividade física sejam alcançados, devendo o atleta procurar junto de um profissional quais os melhores alimentos para a sua condição física e necessidades.
Mas se pensa que desaconselha totalmente o treino em jejum engana-se. Treinar antes do pequeno-almoço pode ser uma alternativa para o atletas de alto rendimento, uma vez que “são os que têm capacidades extraordinárias” e “uma condição física superdesenvolvida”.
Além disso, o especialista defende que treinar antes de comer pode até ajudar o organismo a despertar e, com isso, a perder mais gordura, mas apenas se em causa estiver um treino de baixa intensidade e duração média, ou seja, um treino que não coloque o corpo num estado de stress elevado.
Para o especialista, cada caso é um caso e as pessoas devem procurar sempre ajuda de um especialista antes de abraçar uma nova rotina de treino e antes de iniciarem um novo tipo de alimentação, especialmente se este for completamente diferente ao que atualmente têm.
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