Compra um casaco, uma camisa ou um vestido e só depois de estrear é que repara que a peça de roupa tem de ser ‘lavada’ a seco. Pronto, sabe que a tem de levar à lavandaria e pagar pelo serviço, mas sabe em que é que consiste a limpeza a seco?
Os registos mais antigos de limpeza a seco profissional remetem à civilização romana, onde eram usados ingredientes como urina para remover nódoas e sujidade de tecidos delicados que não podiam ser lavados com água. No século XIX esse processo sofreu uma grande revolução, quando o francês Jean Baptiste Jolly (considerado o pai da limpeza a seco) descobriu que quando a terebintina, um líquido obtido por destilação de resina de coníferas, secava sobre um tecido sujo as nódoas desapareciam.
Durante o século XIX várias lavandarias utilizavam terebintina, benzeno, querosene, gasolina e gasóleo no processo da limpeza a seco da roupa. No entanto, muitos destes produtos eram perigosos (inflamáveis), tóxicos ou deixam a roupa com cheiro, como destaca o canal de YouTube Today I Found Out. Portanto, era preciso encontrar alternativas mais seguras: é aí que aparece o cloro.
Nos anos 30, um químico chamado tetracloroetileno ou percloroetileno ganhou popularidade e é um dos mais usados mesmo nas lavandarias de hoje em dia.
Quando vai para uma limpeza a seco tipicamente a roupa é primeiro pré-tratada a mão, as manchas, e depois vai a uma máquina parecida com a comum máquina de lavar roupa, mas que em vez de água e detergente, adiciona à roupa químicos e calor (temperatura controlada que ronda os 60ºC e ajuda os químicos a evaporar). No final os químicos são recolhidos e reutilizados e a roupa é colocada em cabides e sacos de plástico, pronta a ser entregue ao cliente.