Vai um hambúrguer de tainha? Para já pode prová-lo no Pico

A Associação de Armadores da Pesca Artesanal do Pico está a produzir desde o último trimestre hambúrguer de tainha, um projeto que visa a valorização do pescado dos Açores, nomeadamente das espécies com menor valor comercial.

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Lusa
24/07/2017 12:37 ‧ 24/07/2017 por Lusa

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"Há um estigma contra a tainha, que era um peixe de baixo valor comercial", afirmou o presidente da Associação, José António Fernandes, em declarações à agência Lusa.

Inicialmente, a associação desenvolveu filetes de tainha, que "teve alguma aceitação, mas depois surgiu a ideia de fazer hambúrgueres".

"Este ano começámos a vendê-las para as escolas, lares, na nossa peixaria e no nosso restaurante", adiantou José António Fernandes.

O dirigente sublinhou que os hambúrgueres de tainha têm tido "uma boa aceitação", de tal forma que a ideia é iniciar, ainda este ano, a comercialização numa superfície comercial, após a criação de novas embalagens.

"É um projeto embrionário, mas a associação espera que este ano toda a tainha capturada seja transformada e atinja outro preço", salientou o responsável da Associação de Armadores da Pesca Artesanal do Pico, ilha onde hoje o Governo Regional, liderado por Vasco Cordeiro, iniciou uma visita estatutária.

José António Fernandes explicou que o hambúrguer de tainha é produzido na fábrica de filetagem e transformação de pescado da associação, resultando "num produto de grande qualidade".

"Esta é uma espécie que não tem grandes quantidades, a não ser no inverno, porque de verão há menos e até mesmo para confecionarmos os hambúrgueres temos escassez", referiu, defendendo a necessidade de valorizar o peixe dos Açores e transformá-lo "num produto com aceitação no mercado" e, desta forma, conseguir combater, em parte, as importações.

José António Fernandes considerou que a valorização do pescado açoriano não passa apenas pelas espécies de maior valor comercial, como o cherne ou o goraz, destacando que é necessário replicar iniciativas idênticas noutros peixes.

Esta entidade tem 98 associados e representa 104 embarcações do Pico.

A deslocação ao Pico, a segunda maior ilha do arquipélago em área depois de São Miguel, termina na quarta-feira e cumpre o Estatuto Político-Administrativo da região, segundo o qual o executivo regional deve visitar cada uma das nove ilhas pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada.

O secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, tem esta manhã agendada uma reunião com a Associação de Armadores da Pesca Artesanal, para abordar o estado do setor e conhecer os projetos.

 

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