O stress é um conjunto de perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por vários estímulos ou agentes agressores. Do frio a uma doença infecciosa, do desequilíbrio emocional à pressão no trabalho, do estilo de vida muito ativo às dificuldades económicas, são muitos os aspetos que contribuem para o stress, mas são também muitos os aspetos em que o stress assume a culpa.
Presente em grande parte do dia das pessoas, o stress é, atualmente, muito mais do que um estado, é um dos principais impulsionadores da má qualidade de vida e, por consequência, da má saúde. O corpo humano foi feito para sentir stress, mas a intensidade desta resposta orgânica tem sido de tal modo grave que algumas doenças ou situações de má saúde nascem à boleia do stress.
Os dentes sensíveis, fraturados ou danificados, por exemplo, são uma consequência direta do excesso de stress. Conta a revista Prevention que um estudo levado a cabo por cientistas japoneses em 2011 concluiu que os elevados níveis de hormonas de stress na saliva danificam os dentes, que ficam ainda à mercê do bruxismo, uma outra consequência direta do stress diário.
O stress crónico consegue ainda interferir com as hormonas responsáveis pela fome e pela sensação de saciedade, levando a que algumas pessoas percam peso de forma inesperada e outras não consigam controlar a vontade de comer, acabando por engordar. Apesar de contribuir para a perda de apetite, a verdade é que o stress é um verdadeiro trampolim para a obesidade, tal como têm provado várias investigações científicas.
Um outro sinal claro de que o stress está a deixar as pessoas doentes é o aumento da tensão arterial, uma resposta do organismo à sensação de perigo que o cérebro emite quando está em stress. Mas há mais: o stress constante e elevado faz também com as pessoas sintam dores nas articulações, dores essas que aparecem devido ao aumento dos marcadores inflamatórios, que surgem como resposta do organismo ao stress. De acordo com a publicação, esta ligação entre o stress e o processo inflamatório é de tal modo 'íntima' que são vários os estudos que defendem que o stress crónico pode mesmo levar ao aparecimento de doenças auto-imunes.
Os problemas intestinais (da prisão de ventre à diarreia, passando pelo inchaço e pelas dores) são igualmente uma consequência direta do stress e mais um aspeto em que a qualidade de vida da pessoa em nada fica a ganhar.
Por andar sempre à boleia da ação do cortisol, o stress consegue ter um impacto direto e negativo na pele, deixando-a fraca, sem vitalidade e passiva a desenvolver irritações, borbulhas ou infeções. A acne - especialmente na idade adulta - é um dos sinais mais claros de que o stress é capaz de deixar qualquer pessoa doente.
O cansaço constante, aliado a uma apatia inexplicável, as dores de cabeça que não deixam pensar e a confusão mental são outras provas mais do que claras de que o stress tem um efeito bastante nocivo na saúde quando não é controlado.
A sensação de estranheza é um outro efeito colateral do stress. Contudo, nem tudo está perdido. Mesmo não sendo fácil controlar o stress - e muito menos todos os agentes que o provocam - é possível aprender a resistir à tentação de ficar stressado. Aqui tem todas as dicas para se ver livre do stress.