Pensar em cereais leva-nos a pensar quase automaticamente em hidratos de carbono. Mas isso é bom. Os cereais, quando integrais ou pelo menos não refinados, são um dos combustíveis de excelência do organismo e uma das melhores fontes de fibra, nutriente que assume um papel determinante na saúde e bem-estar geral.
Os cereais são detentores ainda de ácidos gordos ómega 3, cálcio, selénio, ferro e zinco, podendo conter ainda mais vitaminas e minerais dependo do tipo de cereal em causa. Sim, há bem mais cereais do que o tradicional arroz e o trigo que comemos no pão e na massa.
Além da quinoa, um pseudocereal que faz as delícias de quem pretende consumir hidratos de carbono e ao mesmo tempo reforçar os níveis de proteína, existem outros cinco cereais que devem passar a fazer parte da alimentação diária, diz a Women's Health norte-americana no seu site.
Comecemos pelo farro, um cereal bastante comum na Europa e na América do Norte e que, apesar de antigo, ganha cada vez mais destaque por ser uma verdadeira 'bomba' de magnésio e ferro. Este cereal é ainda rico em proteína (14 gramas por 10 gramas de produto), fibra (14 gramas) e é altamente versátil, podendo combinar com uma salada ou fazer as vezes do arroz.
Já mais ou menos presente em alguns restaurantes, especialmente temáticos, o bulgur é um outro cereal que deve começar a fazer parte da dieta. Tal como o farro, também o bulgur é rico em magnésio e ferro, mas é ainda uma boa fonte de manganês. Por cada 100 gramas, este cereal comum nos pratos africanos oferece 8,2 gramas de fibra, 5,6 gramas de prote+ina e ainda 151 calorias.
Conta a revista que também o sorgo é um ingrediente a incluir na dieta, não fosse este isento de glúten e rico em fibra e proteína (10 gramas de cada por cada 100 gramas de produto). Entre os minerais que mais oferece está o ferro, que tem um tremendo poder benéfico na saúde cardiovascular.
Embora o trigo seja o cereal mais comum na mesa dos portugueses, pode-se começar por alternar o seu consumo com... bagas de trigo, um cereal mais rico em proteína e fibra.
Ainda pouco ou nada conhecido por cá, um outro cereal recomendado pela publicação é o teff, um dos que oferece melhores níveis de cálcio, podendo ser o alimento ideal para quem não consome leite e derivados e quer reforçar a ingestão deste mineral.
Por fim, mas não menos saboroso ou importante numa alimentação saudável e equilibrada, está a espelta, um cereal que já é comercializado por cá e que até ajuda a substituir a tradicional farinha de trigo num vasto leque de receitas. A espelta é rica em ferro, fibra e ainda proteína.