O cancro do pâncreas continua a ser um dos mais fatais pelo simples facto de ser aquele cujo diagnóstico é mais complexo. De acordo com a BBC, um em cada dez pacientes diagnosticados com este tipo de cancro não vive mais do que cinco anos.
Mas, se a ciência tanto estuda o cancro, porque é que aquele que afeta o pâncreas não é detetado antecipadamente? A resposta é simples: os sintomas são muitos e idênticos a outras tantas patologias menos graves, acabando por ser facilmente desvalorizados.
Uma dor barriga, por exemplo, pode ser uma 'mera' do de barriga como tantas outras que já tivemos, mas pode, também, ser um sintoma claro de cancro do pâncreas. E com a dor de barriga há outros tantos sintomas normais e 'inofensivos' que, na verdade, escondem uma das doenças mais fatais, como nos alertou o Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Entre os sintomas de cancro do pâncreas mais comuns (mas também mais desvalorizados) estão a dita dor de estômago, a dor de costas (que, como já lhe mostrámos, pode esconder algo), a perda de peso inesperada (que é muitas vezes associada apenas a problemas na tiroide), a indigestão, o desregulamento intestinal (que anda quase sempre à boleia do stress e, por isso, é visto como algo comum), a perda de apetite, a icterícia - aparecimento de um tom amarelado na pele e olhos -, sensação de gripe/constipação, dificuldade em engolir e diabetes.
Por ser um dos cancros de pior diagnóstico e, por isso, mais fatal, uma equipa de investigadores norte-americanos desenvolveu um método para identificar o cancro do pâncreas em fases iniciais.