Para perder um mau hábito é preciso muito mais do que querer. A força de vontade é um dos aspetos mais importantes na conquista de um objetivo, mas no que diz respeito aos maus hábitos é igualmente necessário passar do pensamento à ação.
A ciência diz que são necessários mais de 20 dias para perder um hábito ou para adotar um novo, porém, tudo depende da disciplina que se tem e das ferramentas que se usam para conseguir alcançar o pretendido.
Uma vez que a entrada num novo ano resulta sempre na pretensão de ser uma pessoa melhor, mais saudável, mais organizada, mais pro-ativa, o primeiro passo para que tal seja possível é perder os hábitos que comprometem o bem-estar físico e emocional. Ao todo, escreve a revista Prevention no seu site, são seis os maus hábitos a perder já em 2018. Ei-los:
1 – Gastar demasiado dinheiro.
As questões financeiras são aquelas que mais horas de sono roubam e, por consequência, as que mais afetam a saúde direta e indiretamente.
Para quem não consegue controlar o impulso ou simplesmente não consegue ter controlo nas próprias finanças, o melhor é começar o ano de 2018 com um plano económico traçado, plano esse que contará já uma avaliação do rendimento mensal e do dinheiro gasto nas despesas de primeira linha, como a habitação, a alimentação, as despesas referentes aos consumos em casa e ao carro. Depois, há que passar a pente fino todos os outros gastos e que, em algum momento, podem ser supérfluos, pois só quando se tem noção destes gastos desnecessários é que se percebe o dinheiro que se poderia estar a poupar todos os meses.
Acabar com determinadas subscrições que pouco ou nada são usadas e desinstalar algumas aplicações pagas do telemóvel são apenas dois exemplos de como poupar dinheiro é bem mais simples do que a maioria das pessoas pensa.
2 – Estar sempre a mexer no telemóvel.
Bloqueou o telemóvel há 30 segundos e está novamente agarrado a ele? Pois bem, este é um dos hábitos mais atuais, mas também um dos hábitos mais penosos para a saúde e bem-estar, não só por se estar constantemente a mexer num objeto repleto de germes, mas também pela má postura que se tem ao fazê-lo (o dito pescoço de telemóvel) e pelo simples facto de as redes sociais aumentarem consideravelmente os níveis de ansiedade e stress nas pessoas.
A melhor forma de resistir a esta tentação é manter o telemóvel na mala/mochila enquanto se trabalha e desligar todas e quaisquer notificações, acedendo ao equipamento apenas quando necessário.
3 – Estar constantemente a mexer no cabelo.
O simples hábito de estar sempre a enrolar o cabelo nos dedos espelha um estado de ansiedade muitas vezes ignorado pelas pessoas que o fazem. Em casos mais graves, o hábito de estar sempre a mexer no cabelo leva a que sejam arrancados alguns fios, o que pode resultar num diagnóstico de tricotilomania.
A melhor forma de perder este hábito é procurar ajuda junto de um especialista e incluir na rotina diária atividades que promovam a calma e o relaxamento, descobrindo ainda todos os gatilhos da ansiedade.
4 – Roer as unhas.
Além de deixar os dedos com um mau aspeto, este hábito tem sérias consequências para a saúde, não só pelo risco de engolir partes das unhas roídas, mas também pelos germes que passam dos dedos para a boca.
Além dos já tradicionais vernizes com sabores horrendos que se colocam nas unhas para que não seja roídas, é também importante perceber em que momentos se tem este hábitos, pois existe o risco de estar associado a estados de ansiedade e depressão que muitas vezes requerem a ajuda de um especialista.
5 – Fazer balões com as pastilhas elásticas e rebentá-los.
Mascar pastilhas elásticas à primeira vista não é um mau hábito, mas fazer constantemente balões tão grandes ao ponto de fazerem barulho ao rebentar pode ser um gesto que incomoda muitas pessoas, escreve a revista. De acordo com a psicóloga clínica Ellen Hendriksen, a melhor forma de perder este mau hábito é tomar consciência do mesmo.
6 – Estar sempre atrasado para tudo e mais alguma coisa.
Pica o ponto depois de todos os outros, entra na sala de cinema já depois dos anúncios publicitários, chega ao restaurante quando todos já acabaram as entradas… Atrasado é o seu nome do meio? Está na hora de mudar isso. Tal como nas questões financeiras, os atrasos podem ser facilmente evitados com organização e com uma maior consciência dos atos.