Que as células morrem ao longo da nossa vida já não é novidade, mas o que lhes acontece depois?
Um estudo publicado na revista 'Nature' explica que quando estas morrem, as células vizinhas acabam por limpar os seus restos mortais. Os chamados fagócitos têm o papel de absorver os restos de células.
Mas há células e células. A morte de células mais complexas, como é o caso das células neuronais, são um verdadeiro desafio para os fagócitos.
Então, de forma a descobrir outros processos de limpeza de células, os investigadores foram estudar células de um verme, o C. elegans, que no caso das células que funcionam como estrutura para a formação da cauda do verme, depois de cumprirem o seu papel autodestroem-se.
Os investigadores perceberam ainda que as células são eliminadas de duas formas: A parte central enrola-se até se tornar uma bola, que acaba por ser "comida" pela célula vizinha e que as suas extremidades são dissolvidas por uma substância chamada EFF-1, o que até agora era desconhecido.
Em imagens de alta definição observaram ainda que o processo começa com a parte central da célula a separar-se da sua extensão.
Estas descobertas são importantes para entender as doenças autoimunes, por exemplo. Quando uma célula morta "viaja" pelo corpo, pode pôr o sistema imunológico em alerta, ao conseguir estudar forma de eliminar essas células a tempo, novos tratamentos para essas doenças.