Diz a BBC que o autismo se deve a uma desordem neurológica e que o motivo de tal desordem pode depender de diversos fatores.
Segundo Patrícia Belrão Braga, professora de embriologia e genética da Universidade de São Paulo, há inúmeras sugestões que se dividem entre fatores genéticos – hereditário ou mutações, dos quais já foram identificados entre 700 e 800 genes causadores do problema – e ambientais – como poluição externa ou algo que a mãe tomou durante a gravidez, algo comum nos casos de cancro, úlcera ou outras doenças graves.
Em todas as possíveis causas permanece a dúvida se tal pode ser o único motivo ou se tais agentes atual em paralelo com fatores biológicos.
No instituto de biociências de São Paulo, de que faz parte a especialista, é apontada outra causa que passa essencialmente pela inflamação de células cerebrais que se deve a um desequilíbrio do sistema imune da criança. De referir, contudo, que esta possível causa foi apenas testada no tipo mais comum de autismo, não sendo uma resposta fidedigna a todos os casos da doença.
Outras conclusões a que chegaram vários estudos sobre o tema, refere ainda que, quão mais velhos são os pais, maior a probabilidade de a criança desenvolver autismo o que sustenta a ideia de que a causa está na genética.
A ONU assinalou o dia de ontem como data da Consciencialização do Autismo, um problema atualmente sem cura, apenas terapias comportamentais e físicas, que afeta 70 milhões de pessoas em todo o mundo.