Os ministros foram convocados para o quartel-general do exército, HaKirya, em Telavive, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Pelo menos 26 combatentes, na maioria iranianos, morreram na sequência dos mísseis disparados contra "posições militares" governamentais nas províncias de Hama e Alepo, na noite de domingo, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), adiantando que se registaram 60 feridos.
"Pela natureza dos alvos, é provável tratar-se de um bombardeamento israelita", considerou o diretor da organização não-governamental OSDH, Rami Abdel Rahman, em declarações à agência France-Presse.
Israel não se pronunciou oficialmente sobre o ataque.
Em declarações à rádio do exército, o ministro das Informações, Yisrael Katz, disse desconhecer o ataque, mas considerou que "toda a violência e instabilidade na Síria é resultado das tentativas do Irão de se estabelecer militarmente lá".
"Israel não permitirá a abertura de outra frente norte na Síria", adiantou.
Alguns media sírios acusam as forças norte-americanas e britânicas da autoria e outros analistas responsabilizam Israel.
Israel e a Síria continuam oficialmente em guerra há décadas. As tensões agravaram-se ainda mais com o apoio prestado ao regime sírio pelo movimento xiita libanês Hezbollah e pelo Irão, inimigos de Israel.
No passado dia 09 de abril, o Estado de Israel foi acusado pelo regime sírio e pelo Irão de realizar ataques mortais contra uma base militar no centro sírio.
Pelo menos 14 combatentes, incluindo sete iranianos, foram mortos no ataque à base militar de T4, na província central de Homs.
A guerra na Síria prolonga-se há sete anos, desde a repressão sangrenta de manifestações pró-democracia em março de 2011, e já matou mais de 350.000 pessoas e provocou milhões de refugiados e deslocados.