Gabinete de Segurança israelita reúne-se de urgência

O Gabinete de Segurança israelita foi convocado hoje de urgência para analisar o aumento de tensão na fronteira norte, horas depois de um ataque com mísseis a "posições militares" do Governo sírio, que causou pelo menos 26 mortos.

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© Reuters

Lusa
30/04/2018 13:53 ‧ 30/04/2018 por Lusa

Mundo

Síria

Os ministros foram convocados para o quartel-general do exército, HaKirya, em Telavive, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Pelo menos 26 combatentes, na maioria iranianos, morreram na sequência dos mísseis disparados contra "posições militares" governamentais nas províncias de Hama e Alepo, na noite de domingo, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), adiantando que se registaram 60 feridos.

"Pela natureza dos alvos, é provável tratar-se de um bombardeamento israelita", considerou o diretor da organização não-governamental OSDH, Rami Abdel Rahman, em declarações à agência France-Presse.

Israel não se pronunciou oficialmente sobre o ataque.

Em declarações à rádio do exército, o ministro das Informações, Yisrael Katz, disse desconhecer o ataque, mas considerou que "toda a violência e instabilidade na Síria é resultado das tentativas do Irão de se estabelecer militarmente lá".

"Israel não permitirá a abertura de outra frente norte na Síria", adiantou.

Alguns media sírios acusam as forças norte-americanas e britânicas da autoria e outros analistas responsabilizam Israel.

Israel e a Síria continuam oficialmente em guerra há décadas. As tensões agravaram-se ainda mais com o apoio prestado ao regime sírio pelo movimento xiita libanês Hezbollah e pelo Irão, inimigos de Israel.

No passado dia 09 de abril, o Estado de Israel foi acusado pelo regime sírio e pelo Irão de realizar ataques mortais contra uma base militar no centro sírio.

Pelo menos 14 combatentes, incluindo sete iranianos, foram mortos no ataque à base militar de T4, na província central de Homs.

A guerra na Síria prolonga-se há sete anos, desde a repressão sangrenta de manifestações pró-democracia em março de 2011, e já matou mais de 350.000 pessoas e provocou milhões de refugiados e deslocados.

 

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