No próximo dia 12 de junho terá lugar em Singapura uma cimeira que promete ser histórica. Falamos da cimeira que irá dar lugar ao encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un.
Os procedimentos de segurança são extensos já que nada pode ficar ao acaso. E é aqui que entra uma ajuda especial, uma que vem das longínquas montanhas do Nepal para garantir a segurança da cimeira.
Falamos dos Gurkhas, que na prática são polícias aptos a usar as mais variadas armas de fogo, isto para além de terem sempre à fivela um kukri.
Todos os anos, dezenas de milhares de candidatos se inscrevem para umas poucas centenas de vagas. Destas, há cerca de uma centena que vai passar a integrar as forças de Singapura, enquanto outros se juntarão à brigada de Gurkhas das forças britânicas.
Além dos treinos duros, onde se inclui o teste doko (cinco quilómetros montanha acima, em menos de 48 minutos, com 25 quilos de pedras num cesto às costas, os Gurkhas mantém algum secretismo.
Os que são colocados em Singapura, por exemplo, vivem no Mount Vernon Camp, lugar onde só existem Gurkhas e as respetivas famílias e onde há atividades de lazer e os mais variados serviços - o que faz com que não precisem de se deslocar com frequência à cidade.
A fama dos Gurkhas precede-os praticamente desde que nasceram, ainda no século XIX. E parece não ser acaso. De 2010 chega-nos o relato de um autêntico Rambo nepalês.
Dipprasad Pun, um Gurkha ao serviço das forças britânicas, estava de sentinela numa aldeia no Afeganistão numa altura em que praticamente o pelotão todo onde se encontrava tinha saído. Foi nessa altura que se viu isolado e cercado perante 30 talibãs.
"Pensei que iam de certeza matar-me e que antes de me matarem tinha de matar alguns deles". Assim foi. Combateu os 30 talibãs durante cerca de 15 minutos. E venceu.