Mais de 200 mortos desde o fim de semana em conflito na Nigéria

Mais de 200 pessoas morreram na violência entre pastores muçulmanos 'peuls' e agricultores cristãos que eclodiu durante o fim de semana no estado do Planalto, no centro da Nigéria, segundo o governador do estado, Simon Lalong.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
27/06/2018 12:54 ‧ 27/06/2018 por Lusa

Mundo

Conflito

Num discurso publicado hoje, o governador lamentou a "perda dolorosa de mais de 200 pessoas" que foram mortas por alegados membros do grupo étnico 'peul', numa onda de violência sectária que fez centenas de mortes desde o início do ano nos estados centrais da Nigéria.

O governador do Estado do Planalto, uma região historicamente volátil entre as comunidades cristãs e muçulmanas, recebeu na terça-feira o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, fortemente criticado há meses pela sua inércia em relação à crise nesta região.

Muhammadu Buhari Buhari, um ex-general do norte do país, rejeitou todas as acusações de que apoiaria a comunidade 'peul' e muçulmana "por se parecer com eles".

Lalong conseguiu, até agora, manter uma paz relativa no Estado de Planalto e disse estar preocupado com "repetidos ataques que dão oportunidade a criminosos envolvidos em roubos de gado, saques, banditismo ou contrabando de armas de cometer esses crimes entre os cidadãos" do estado.

O Presidente Buhari disse, na terça-feira, que o seu Governo "teve notáveis sucessos no setor da segurança".

No entanto, a Nigéria, com 180 milhões de habitantes, está a braços com numerosos conflitos e a situação de segurança piorou nos últimos três anos no país.

Mais preocupante, segundo Lalong, é o facto de os ataques recentes terem sido conduzidos com "armas sofisticadas".

"Isto requer uma resposta digna, como a que o país desenvolveu em relação ao (grupo extremista) Boko Haram", referiu o governador.

Numa altura em que as eleições gerais e presidenciais são anunciadas para fevereiro de 2019, os especialistas estão preocupados com a recuperação política dos grupos criminosos e com a vertente étnica e religiosa que está a ganhar o conflito pelo acesso à terra fértil.

Os pastores 'peuls' rejeitaram, na terça-feira, a responsabilidade dos ataques ocorridos no fim de semana que provocaram uma centena de mortos no centro da Nigéria.

 

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas