Jean-Claude Arnault, o artista na origem do escândalo de violação sexual na Academia Sueca, foi condenado esta segunda-feira a dois anos de prisão.
"A conclusão do tribunal é que existem provas suficientes para considerar o réu culpado", disse a juíza Gudrun Antemar.
Na Suécia, o crime de violação sexual tem prevista uma pena entre os dois e os seis anos de prisão.
O fotógrafo, 72 anos, casado com académica e poeta Katarina Frostenson, estava acusado de dois crimes de violação em 2011, cometidos contra a mesma mulher.
Devido ao escândalo, a Academia Sueca cortou relações com o Arnault e pediu uma auditoria. Durante a investigação, descobriu-se que Katarina Frostenson era coproprietária do clube literário do marido, que recebia apoio financeiro da Academia Sueca.
Devido a estes casos, a Academia Sueca decidiu cancelar a atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 2018. Vários membros abandonaram a Academia na sequência do escândalo de abusos sexuais e fugas de informação confidencial.