Já são conhecidos os vencedores do Nobel da Paz. Denis Mukwege e Nadia Murad arrecadaram o galardão que, anualmente, é atribuído pelo Comité Nobel norueguês à pessoa ou grupo que se tenha evidenciado na conquista da paz mundial. Em causa está o trabalho desenvolvido contra a violência sexual.
Denis Mukwege é um médico ginecologista congolês que se celebrizou pela ação humanitária na República Democrática do Congo, onde, aliás, gere um hospital, mais especificamente em Bukavu. O médico, saliente-se ainda, especializou-se no tratamento de mulheres que foram violadas por milícias na guerra civil do Congo.
Nadia Murad, por sua vez, é uma ativista de direitos humanos e a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas. Murad foi, durante meses, escrava sexual do grupo extremista Estado Islâmico.
2018 Nobel Peace Prize laureate Denis Mukwege is the helper who has devoted his life to defending victims of war-time sexual violence. Fellow laureate Nadia Murad is the witness who tells of the abuses perpetrated against herself and others. #NobelPrize pic.twitter.com/MY6IdYWN1e
— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 5, 2018
Watch the moment the 2018 Nobel Peace Prize is announced. Presented by Berit Reiss-Andersen, Chair of the Norwegian Nobel Committee. pic.twitter.com/fIv2yWPxE6
— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 5, 2018
No ano passado, recorde-se, foi a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares a arrecadar esta distinção. Trata-se, com efeito, de uma iniciativa global promovida por várias organizações não governamentais que tem como imperativo abolir todas as armas nucleares com recurso a um tratado internacional vinculativo. Esta foi, saliente-se ainda, a 23ª organização a ganhar o prémio desde que este foi estabelecido, em 1901.
Para este ano havia 331 nomeados - 216 pessoas e 115 grupos – e pese embora o processo de seleção ser fortemente regrado, o que impede que os potenciais candidatos sejam conhecidos, há nomes proeminentes de diversos quadrantes que foram sendo apontados como possíveis vencedores.
De acordo com a revista Time, Kim Jong-un e Moon Jae-in, os líderes das duas Coreias, eram apontados para vencer o Nobel da Paz. Em causa está o facto de terem realizado diversas reuniões que perspetivavam o desarmamento nuclear.
Sabe-se ainda que 18 legisladores republicanos endereçaram ao Comité do Nobel o nome de Donald Trump, considerando “o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em prol do fim da Guerra da Coreia e da desnuclearização e ainda por trazer paz à região”.
Quem também não foi esquecido foi Carlos Puigdemont, que liderou o referendo de independência da Catalunha no ano passado. E embora na história do prémio não conste nenhum Papa, o nome de Francisco também não foi excluído.