O responsável pela unidade de contra-espionagem da agência, Daniel Stenling, disse que a pessoa em causa "trabalha na indústria sueca de tecnologia de ponta" e tem acesso a "informação suscetível de interessar a serviços secretos estrangeiros".
Num comunicado emitido hoje, Stenling disse que a sua agência está a trabalhar neste caso "há muito tempo" e que o crime durava pelo menos desde 2017.
O suspeito agora detido foi recrutado por um agente dos serviços secretos russos que trabalha para a embaixada russa na Suécia sob cobertura diplomática, acrescentou.
O suspeito foi detido na terça-feira à noite numa reunião no centro de Estocolmo.
Segundo uma fonte citada pelo diário Expressen, uma segunda pessoa foi brevemente detida na mesma operação, mas libertada após invocar a sua imunidade diplomática.
Os serviços secretos externos da Rússia não quiseram comentar o caso.
Numa nota publicada em julho do ano passado, os serviços de segurança suecos consideraram mais elevada do que nunca a ameaça colocada por serviços secretos estrangeiros contra os interesses da Suécia.
"A Rússia é o país que representa a maior ameaça contra a Suécia em matéria de serviços secretos", disse nessa altura Daniel Stenling.
A Suécia preocupa-se em particular com tentativas de influenciar o debate público e as eleições, através, por exemplo, da organização de campanhas de desinformação nas redes sociais.