Plaxedes Dilon é o nome da senhora de 71 anos de idade que se tornou notícia, por estes dias, por causa do ciclone Idai. A idosa, confrontada com a tragédia que afetou milhares dos seus conterrâneos, caminhou quase 10 quilómetros com um saco na cabeça com roupa e utensílios de cozinha para entregar às vítimas do ciclone, conforme explica a CNN.
A mulher saiu a pé do subúrbio de Mbare, em Harare, no Zimbabué, para chegar à Igreja Presbiteriana de Highlands, na mesma capital, onde estão concentrados esforços de distribuição de ajuda para as vítimas.
Foi o próprio centro religioso que deu conta da história de Plaxedes, publicando a imagem que se pode ver abaixo.
A igreja explica, na legenda da fotografia, que a senhora não tem dinheiro para pagar transporte e então caminhou a distância de Mbare a Highlands para “doar as suas panelas às pessoas de Chimanimani”.
A história de Plaxedes chamou a atenção do homem mais rico do Zimbabué, Strive Masiyiwa, que não só lhe vai construir uma casa, como se comprometeu a dar-lhe 1000 dólares (890 euros) por mês até ao fim da vida.
“O que ela fez foi um dos mais notáveis atos de compaixão que eu já vi”, explicou o bilionário, numa extensa publicação de Facebook.
O ciclone Idai, recorde-se, atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué a 14 de março. Além de ter provocado pelo menos 816 mortos no total, a passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.
A região enfrenta agora o perigo de fome e epidemias, com 271 casos de cólera já registados na cidade da Beira.