Trudeau critica Trump de forma velada por declarações xenófobas

O primeiro-ministro canadiano Justine Trudeau criticou hoje de forma velada os ataques xenófobos emitidos por Donald Trump contra deputadas da oposição Democrata, ao sublinhar que a "diversidade" é "uma das grandes forças" do Canadá.

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Lusa
15/07/2019 19:48 ‧ 15/07/2019 por Lusa

Mundo

Polémica

Após ter sugerido no fim de semana às eleitas Democratas de cor da Câmara dos Representantes que "regressassem" aos seus paises de origem -- apesar de a maioria das visadas ter nascido nos Estados Unidos --, o Presidente norte-americano dirigiu-lhes hoje um apelo para que peçam perdão aos Estados Unidos pelas suas "declarações horríveis e repugnantes".

Ao ser questionado sobre o conteúdo destas declarações, Trudeau absteve-se de designar o nome de Trump mas assinalou: "Penso que os canadianos, e de facto todo o mundo neste planeta, sabem exatamente o que penso desses comentários".

"Não é assim que vemos as coisas no Canadá, um canadiano é um canadiano", frisou o primeiro-ministro liberal, em campanha por um segundo mandato.

"A diversidade do nosso país é uma das nossas maiores forças e fonte de uma incrível força e de orgulho para os canadianos, e vamos continuar a defendê-la", disse Trudeau ao lado do secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg, e quando visitavam uma base militar canadiana.

Antes de Trudeau, uma outra aliada próxima dos Estados Unidos também tinha denunciado as declarações do empresário e milionário norte-americano, eleito para a Casa Branca em 2016. Em Londres, a primeira-ministra britânica Theresa May considerou os comentários "totalmente inaceitáveis".

"Porque é que não voltam [para os seus países] e vão ajudar os sítios totalmente degradados e infestados de crime de onde vieram?", questionou Trump numa mensagem publicada no domingo na rede social Twitter.

Apesar de não ter dito os nomes das mulheres em causa, as mensagens referiam-se muito provavelmente às jovens eleitas do Congresso Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova Iorque, Ilhan Omar, do Minnesota, Ayanna Pressley, de Massachusetts, e Rashida Tlaib, do Michigan.

Apenas Omar, uma refugiada da Somália, nasceu fora dos Estados Unidos, onde chegou quando era menor. Ocasio-Cortez, natural de Nova Iorque, tem origens em Porto Rico que é um "Estado livre associado" dos EUA. E Tlaib é a primeira norte-americana de origem palestiniana a ocupar um lugar no Congresso.

 

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