A jovem sueca, de 16 anos, anunciou no Twitter que vai atravessar o Atlântico a bordo de uma embarcação de alta tecnologia para participar nas Conferências das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, que se realizam em Nova Iorque, em setembro, e em Santiago do Chile, no Chile, em dezembro.
O objetivo da ativista é sair do Reino Unido, no próximo mês, rumo aos Estados Unidos e continuar na América.
Em declarações à Associated Press (AP), Greta Thunberg revelou que passou meses à procura de uma alternativa aos aviões para viajar para os Estados Unidos, uma vez que tem evitado este meio de transporte devido às emissões de gases de efeito de estufa.
O eleito foi o 'Malizia II', uma embarcação de 18 metros, totalmente ecológico, uma vez que está equipado com painéis solares e turbinas submersas que geram eletricidade sem dióxido de carbono, refere a AP.
Com esta iniciativa, Greta não pretende que as pessoas deixem de utilizar os aviões, apenas que seja mais fácil "ser neutro climaticamente".
A ativista disse não ter a certeza de como a sua mensagem será recebida nos Estados Unidos, país onde há uma grande oposição a medidas para limitar o aquecimento global, mas afirmou que vai tentar e que tudo se resume à ciência.
Greta não descarta um encontro com o Presidente Donald Trump, que quer que os EUA saiam do acordo de Paris, mas acredita que este seria "apenas uma perda de tempo".
"Ele obviamente não ouve a ciência e os cientistas. Então porque eu, uma criança sem educação adequada, seria capaz de convencê-lo?", afirmou à AP.
Na viagem, a jovem vai estar acompanhada pelo pai, por um cineasta e por Pierre Casiraghi, neto do falecido rei do Mónaco, Rainer III.
Durante o próximo ano, Greta Thunberg vai fazer uma pausa nos seus estudos para continuar a consciencialização sobre as mudanças climáticas e pressionar os líderes mundiais a intensificar os esforços para conter o aquecimento global.