O ataque ocorreu por volta das 9h00 locais (5h30 em Lisboa), no oeste de Cabul, com a detonação de "um veículo carregado de explosivos" na "entrada do posto da polícia", explicou o porta-voz do Ministério do Interior, Nasrat Rahimi.
A mesma fonte indicou ainda que dez dos 14 mortos são civis, assim como 92 dos feridos.
Um primeiro balanço relatou pelo menos 95 feridos, "a maioria mulheres e crianças" que foram transferidos para os hospitais de Cabul, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde, Wahidullah Mayar.
Na área onde ocorreu a explosão está também localizada uma escola militar.
O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, justificou o ataque numa mensagem na sua conta oficial na rede social Twitter, explicando que o objetivo do ataque "suicida" era "um centro de recrutamento perto da esquadra da polícia".
Segundo Mujahid, "dezenas de polícias e soldados morreram".
O atentado terrorista ocorreu depois de pelo menos cinco polícias terem morrido na terça-feira após a detonação de um artefacto colocado numa bicicleta, à passagem de um veículo do Departamento de Luta contra o Narcotráfico no noroeste de Cabul.
Os ataques coincidem com a oitava ronda de negociações de paz entre representantes dos Estados Unidos e dos talibãs no Qatar, em busca de um acordo que ponha fim a duas décadas de guerra.
Apesar das conversações, a violência continua por todo o país, com ataques constantes, incluindo atentados na capital afegã com dezenas de mortos, situação que a ONU relacionou com a tentativa das partes de reforçarem as suas posições para negociarem nos termos mais favoráveis um acordo de paz.