O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cumpriu a ameaça que fez anteriormente à votação da moção e expulsou do grupo parlamentar os 21 deputados que votaram no sentido de retirar o processo do Brexit das mãos do Governo para o colocar de novo no Parlamento.
Estes 21 'tories' são, assim, expulsos do partido por ter contrariado a orientação do mesmo.
A moção, recorde-se, retira ao Governo o controlo sobre a agenda parlamentar na quarta-feira, permitindo apresentar e debater um projeto de lei que impõe um novo adiamento do Brexit caso o governo não chegue a acordo com Bruxelas até 31 de outubro.
Embora haja deputados que vão continuam na Câmara dos Comuns como independentes, é incerto que se possam recandidatar pelos 'tories', uma outra ameaça de Boris Johnson.
Strange that a decision has been made to remove the whip from so many colleagues who were ministers so recently. Particularly when we voted repeatedly for a Brexit deal. I can’t think of a historical precedent. But I am not stepping down as an MP.
— Rory Stewart (@RoryStewartUK) September 3, 2019
A moção aprovada esta terça-feira é uma derrota para Boris Johnson, que perde o controlo do processo de saída do bloco comunitário, e que já ameaça com eleições, cenário que até agora afastava. "Se os deputados votarem amanhã um novo adiamento sem sentido do Brexit, então essa será a única forma de resolver isto", indicou o primeiro-ministro britânico.
Além dos "rebeldes" conservadores, a moção foi apoiada pela oposição ao Governo, nomeadamente partido Trabalhista, Liberais Democratas, os nacionalistas escoceses e galeses do SNP e Plaid Cymru e independentes.