O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Nasrat Rahimi, confirmou que 42 pessoas ficaram feridas e 12 veículos ficaram destruídos.
O ataque ocorreu às 10h10 (horário local, 6h40 Lisboa), no distrito de Shash-Darak, particularmente protegido por medidas de segurança. O atentado ocorreu perto da área em que se localiza a embaixada norte-americana, no leste de Cabul.
Nesta zona de alta segurança existem vários escritórios do Governo, incluindo uma sede da principal dos serviços de informações afegão, o Departamento Nacional de Segurança (NDS).
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o veículo armadilhado dirigindo-se contra um posto de controlo e explodindo, e um transeunte a tentar fugir alguns segundos antes.
A missão da NATO também fica próxima da zona do ataque e soldados britânicos estavam no local a recuperar o que parecia ser os restos de um veículo da NATO.
Nem a missão da NATO nem a alta comissão britânica fizeram ainda comentários sobre o atentado.
O atentado aconteceu quando está em curso um processo de negociações entre os Estados Unidos e os talibãs.
Os talibãs assumiram a responsabilidade pelo ataque "contra um posto de controlo do Departamento de Segurança Nacional".
O objetivo do ataque foi especificamente "um grupo de invasores estrangeiros que estavam a caminho do Departamento" de Segurança Nacional, sendo que 12 estrangeiros e oito soldados afegãos morreram na explosão, disse o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid na sua conta no Twitter.
O ataque de hoje ocorreu na semana em que o representante especial dos Estados Unidos para a Paz, Zalmay Khalilzad, apresentou ao Governo de Cabul o projeto de acordo com os Talibã após vários meses de negociações no Catar.
Este acordo deverá permitir uma retirada significativa das tropas norte-americanas.
O Governo afegão, na quarta-feira, mostrou-se "preocupado" e pediu "esclarecimentos sobre este documento para analisar com precisão os riscos e consequências e impedir qualquer perigo que possa causar", indicou uma mensagem publicada no Twitter por Sediq Sediqqi, porta-voz do Presidente afegão, Ashraf Ghani.