Balanço de ataque com carro armadilhado em Cabul sobe para 10 mortos

O número de vítimas do ataque de hoje com uma carrinha carregada com explosivos em Cabul, num atentado já reivindicado pelos talibãs, subiu para 10 mortos e 42 feridos.

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© Reuters

Lusa
05/09/2019 10:48 ‧ 05/09/2019 por Lusa

Mundo

Talibãs

O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Nasrat Rahimi, confirmou que 42 pessoas ficaram feridas e 12 veículos ficaram destruídos.

O ataque ocorreu às 10h10 (horário local, 6h40 Lisboa), no distrito de Shash-Darak, particularmente protegido por medidas de segurança. O atentado ocorreu perto da área em que se localiza a embaixada norte-americana, no leste de Cabul.

Nesta zona de alta segurança existem vários escritórios do Governo, incluindo uma sede da principal dos serviços de informações afegão, o Departamento Nacional de Segurança (NDS).

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o veículo armadilhado dirigindo-se contra um posto de controlo e explodindo, e um transeunte a tentar fugir alguns segundos antes.

A missão da NATO também fica próxima da zona do ataque e soldados britânicos estavam no local a recuperar o que parecia ser os restos de um veículo da NATO.

Nem a missão da NATO nem a alta comissão britânica fizeram ainda comentários sobre o atentado.

O atentado aconteceu quando está em curso um processo de negociações entre os Estados Unidos e os talibãs.

Os talibãs assumiram a responsabilidade pelo ataque "contra um posto de controlo do Departamento de Segurança Nacional".

O objetivo do ataque foi especificamente "um grupo de invasores estrangeiros que estavam a caminho do Departamento" de Segurança Nacional, sendo que 12 estrangeiros e oito soldados afegãos morreram na explosão, disse o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid na sua conta no Twitter.

O ataque de hoje ocorreu na semana em que o representante especial dos Estados Unidos para a Paz, Zalmay Khalilzad, apresentou ao Governo de Cabul o projeto de acordo com os Talibã após vários meses de negociações no Catar.

Este acordo deverá permitir uma retirada significativa das tropas norte-americanas.

O Governo afegão, na quarta-feira, mostrou-se "preocupado" e pediu "esclarecimentos sobre este documento para analisar com precisão os riscos e consequências e impedir qualquer perigo que possa causar", indicou uma mensagem publicada no Twitter por Sediq Sediqqi, porta-voz do Presidente afegão, Ashraf Ghani.

 

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