Equipa de Trump começa a trabalhar com Biden solução para fim do conflito

A equipa do Presidente norte-americano eleito, Donald Trump, vai começar a trabalhar com a atual administração de Joe Biden para procurar uma solução para o conflito na Ucrânia, informou hoje Mike Waltz, futuro conselheiro de segurança da Casa Branca.

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© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

Lusa
24/11/2024 19:20 ‧ 24/11/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Em declarações à estação televisiva Fox News, Mike Waltz manifestou igualmente preocupação com a atual escalada do conflito, após Biden ter autorizado há uma semana as forças ucranianas a usar armas norte-americanas de longo alcance contra a Rússia, que respondeu com um lançamento de um novo míssil balístico hipersónico contra a região de Dnipro, no centro da Ucrânia.

 

Desde a eleição de Donald Trump, em 05 de novembro, os líderes europeus têm manifestado inquietação com uma possível interrupção do apoio militar de Washington à Ucrânia e um eventual acordo com a Rússia que penalize Kiev.

"O Presidente Trump tem sido muito claro sobre a necessidade de pôr fim a este conflito. O que precisamos de discutir é quem estará à mesa, se se trata de um acordo, de um armistício, como trazer as duas partes à mesa e o que será quadro de um acordo", afirmou o futuro conselheiro de segurança do líder republicano.

"É nisso que vamos trabalhar com esta administração até janeiro e continuaremos depois", afirmou Waltz na Fox News, advertindo que "os adversários que pensam que esta é uma oportunidade de jogar uma administração contra a outra estão errados".

Figuras próximas de Trump condenaram na semana passada a decisão de Joe Biden de autorizar a Ucrânia a atacar o território russo com mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano, a que se seguiu a ameaça do Presidente russo, Vladimir Putin, de atacar os países ocidentais envolvidos na transferência de armas para atingir o seu país.

Durante a sua campanha eleitoral, o futuro Presidente norte-americano mostrou-se muito cético em relação aos milhares de milhões de dólares que a administração Biden concedeu à Ucrânia desde o início da invasão russa em 2022 e disse repetidamente que colocaria fim rapidamente à guerra, sem especificar como.

Em relação ao Médio Oriente, o seu futuro conselheiro de segurança nacional defendeu também um acordo que "traga genuinamente estabilidade".

Com Marco Rubio à frente da diplomacia de Washington (nomeação que ainda carece da aprovação do Congresso), Mike Waltz formará uma dupla de "falcões" na próxima administração norte-americana, na descrição de analistas.

Donald Trump apresentou Mike Waltz, eleito da Florida e antigo soldado das forças especiais, como um "especialista nas ameaças representadas pela China, Rússia, Irão e pelo terrorismo global".

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