Países Baixos. Líder partidário abandona coligação por problemas de saúde

O líder de centro-direita dos Países Baixos, Pieter Omtzigt, vai abandonar a frágil coligação governamental de quatro partidos e a política nacional, anunciou hoje o político, alegando motivos de saúde.

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© John Beckmann/DeFodi Images via Getty Images

Lusa
18/04/2025 22:15 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Pieter Omtzigt

"Foi uma grande honra e privilégio ter sido deputado durante mais de 21 anos", declarou Omtzigt.

 

"Mas o preço a pagar tem sido bastante elevado. É por isso que estou a optar por colocar a minha família em primeiro lugar pela primeira vez e escolher a minha própria saúde", acrescentou.

O seu partido Novo Contrato Social, fundado há apenas dois anos, é o quarto maior no parlamento holandês e fez parte da coligação governamental após meses de negociações no ano passado.

Esta semana, o Governo parecia estar à beira do colapso durante as negociações do orçamento da primavera.

Nos últimos nove meses quase caiu depois da demissão da secretária de Estado das Finanças por causa do que ela considerou serem comentários degradantes sobre os imigrantes e da recusa do Ministro da Imigração em autorizar a atribuição de prémios a voluntários que trabalham com refugiados.

Conhecido pela sua língua afiada e pela sua retórica anti-islâmica, o líder de extrema-direita Geert Wilders, que dirige o maior partido no parlamento, foi considerado demasiado controverso para liderar o país, mas domina frequentemente as negociações políticas.

Omtzigt deixa o partido nas mãos da sua adjunta Nicolien van Vroonhoven, que assumiu o cargo em setembro, quando estava de baixa médica. A sua saída no outono foi a segunda vez que se afastou das funções por motivos de saúde mental.

O primeiro-ministro dos Países Baixos Dick Schoof desejou felicidades a Omtzigt: "Haia está a perder um deputado apaixonado e dedicado, um verdadeiro representante do povo. Agradeço-lhe os seus esforços e a nossa colaboração nos últimos tempos", declarou Schoof nas redes sociais.

Antigo membro dos democratas-cristãos de centro-direita, o novo partido de Omtzigt, o Novo Contrato Social, subiu imediatamente nas sondagens de opinião graças à sua reputação de defensor incansável dos denunciantes e das vítimas de escândalos governamentais.

A sua principal plataforma política era a reforma do sistema político do país, que tem sido manchado nos últimos anos por escândalos, incluindo o facto de a administração fiscal ter rotulado erradamente milhares de beneficiários da segurança social como infratores.

Tornou-se uma sensação durante as longas conversações para formar o último Governo de coligação, quando um dos negociadores foi fotografado com papéis que incluíam o texto: "emprego noutro lado" ao lado do seu nome.

O facto foi visto como um sinal de que a ordem política estabelecida queria ver-se livre de um homem que há muito era um espinho no seu lado, mas o facto só serviu para aumentar a popularidade de Omtzigt.

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