Vindo diretamente de um périplo de uma semana pelo interior do país, para o Supremo Tribunal de Justiça, em Bissau, Domingos Simões Pereira defendeu que acredita que será o próximo Presidente guineense "pela resposta" que tem tido da população.
"Em todos os pontos onde passei falei com pessoas humildes, pessoas que sofrem, falei com mulheres que não conseguem mandar os filhos para escola, falei com gente que passa fome, falei com gente que fica no sol para poder vender o pouco que tem para sustentar a família. Com todos eles me comprometi ser um Presidente que os represente", disse Domingos Simões Pereira.
O dirigente também disse que pretende ser um Presidente que irá emprestar a sua voz aos desfavorecidos e predispor-se para construir um país diferente com todos.
"A partir do dia 24 de novembro vamos construir um país diferente, um país em que todos os guineenses vão estar convocados para juntos abrirmos uma nova pagina", observou Domingos Simões Pereira.
Questionado sobre se já tem ideia de como resolver os problemas que identificou no país, o candidato apoiado pelo PAIGC respondeu que a Guiné-Bissau tem soluções próprias.
"Este país tem remédio para isso tudo, porque é um país viável basta que sejamos capazes de colocar os recursos lá onde eles são necessários, a favor dos mais desfavorecidos", defendeu Domingos Simões Pereira, para quem a pluralidade étnica não deve ser vista como um problema, mas uma vantagem, disse.
O líder do PAIGC afirmou ainda que está confiante na sua vitória no dia 24 de novembro.
"Estou confiante na vitória porque confio no povo e sei que o povo confia em nós", declarou Domingos Simões Pereira, sublinhando "ser evidente" a diferença entre o seu discurso e de outros candidatos "que não conseguem ter uma retórica que convoque os guineenses".
Sobre o acordo político que vai ser assinado ainda hoje entre o Partido da Renovação Social (PRS) e a Assembleia do Povo Unido - Partido Social Democrata (APU-PDGB), este último parceiro do PAIGC no atual Governo, Simões Pereira disse não pretender comentar assuntos das outras candidaturas.
Domingos Simões Pereira defendeu igualmente que a sua candidatura representa a estabilidade e a "garantia de que a Guiné-Bissau se vai reencontrar", a partir do dia 24 de novembro.