Os 66 países juntam-se a 10 regiões, 102 cidades e 93 empresas, unidos no objetivo de atingir a neutralidade (não emitir mais gases com efeito de estufa do que aqueles que se conseguem absorver) até meados do século, um objetivo fixado pelos cientistas para conter o aquecimento global.
O Acordo de Paris, alcançado em dezembro de 2015, estipula que os países têm de tratar de conseguir que o aumento global das temperaturas seja inferior a 2.º celsius (na pior das hipóteses, porque o ideal é impedir um aumento superior a 1,5 graus), em relação aos valores médios do século XIX, na era pré-industrial. Até agora a Terra já está um grau mais quente que esses valores de referência.
"A emergência climática é uma corrida que estamos a perder, mas que podemos vencer", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, que convocou a cimeira e que também convidou a jovem ativista sueca Greta Thunberg, conhecida mundialmente pela iniciativa de greves estudantis contra a inação dos governos face às alterações climáticas.
Entre outros anúncios, a ONU disse que 68 países se comprometeram a rever oficialmente os seus planos de ação climática até ao próximo ano, quando os 195 signatários do acordo de Paris devem apresentar novos compromissos.
Há também 30 países que estão agora a unir-se numa aliança que promete parar a construção de centrais elétricas alimentadas a carvão a partir de 2020.