"Desde que o Paquistão lançou uma campanha de deportação em massa, a 01 de abril, 100.529 afegãos deixaram o país", onde alguns residiam há gerações.
O governo do Paquistão, que viu a violência explodir nas suas regiões fronteiriças com o Afeganistão, acusa os três milhões de afegãos no seu território de estarem "ligados ao terrorismo e ao tráfico de droga".
Até ao final de 2023, cerca de 800.000 afegãos já tinham regressado ao seu país de origem numa campanha semelhante.
Desde o regresso dos talibãs ao poder em 2021, o Paquistão tem alegado que o regime fundamentalista está a facilitar as operações de grupos armados como os chamados "talibãs paquistaneses", alegações que o regime em Cabul rejeita veementemente.
Alegando preocupações de segurança, o Paquistão ordenou, em setembro de 2023, uma operação de expulsão em massa de refugiados afegãos no país.
Desde então, cerca de um milhão de pessoas tiveram de regressar ao Afeganistão, quase 60% das quais são crianças, segundo a organização não-governamental Save the Children, que alertou para o facto de este êxodo poder vir a provocar o colapso do sistema de saúde do Afeganistão, que se encontra em deterioração, e representar um risco mortal para os retornados mais vulneráveis.
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