"Depois de um caudal de fugas de informação tendenciosas e parciais é hora do público ouvir tudo", indica num vídeo o chefe de governo em funções que foi encarregado na quarta-feira pelo presidente Reuven Rivlin de tentar formar um executivo na sequência das legislativas de dia 17.
Segundo Netanyahu, permitir que a população siga ao vivo a audiência é uma maneira de garantir "verdade e justiça".
Os advogados de Netanyahu devem apresentar a sua defesa nos dias 2 e 3 de outubro, mas o primeiro-ministro não deve assistir à audiência.
O procurador-geral, Avichai Mandelblit, anunciou em fevereiro que pretendia acusar Netanyahu por corrupção, fraude e abuso de confiança em três processos.
Netanyahu alega ser inocente e tem denunciado uma "caça às bruxas".
Chefe de governo há mais tempo em funções em Israel, Netanyahu não é obrigado por lei a demitir-se se for formalmente acusado, mas apenas se for condenado e tiverem sido esgotados todos os recursos, o que pode levar vários anos.
No entanto a acusação pode dificultar-lhe a formação de um governo, resolvendo o impasse político que resultou das eleições.
O partido de Netanyahu, o Likud (direita) conseguiu 32 deputados, enquanto a coligação centrista Azul e Branco de Benny Gantz ficou com 33 lugares no parlamento (Knesset, 120 assentos).
A maioria no Knesset é conseguida com 61 deputados, e as alianças permitem a Netanyahu um total de 55 deputados e a Gantz 54.
Após o anúncio de Rivlin de que Netanyahu ficava encarregado de formar governo, este pediu a Gantz para se juntar ao seu partido num Governo de união nacional, mas o rival afirmou que recusa participar num governo dirigido por um primeiro-ministro ameaçado de ser acusado pela justiça.