Um ativista da organização Cruelty Free Internacional esteve infiltrado durante quatro meses num laboratório em Hamburgo, na Alemanha, que recorre a experiências em animais - macacos, gatos, cães e coelhos - para testar medicamentos ou químicos para serem utilizados por seres humanos.
Como pode ver-se nas imagens recolhidas, de dezembro de 2018 a março deste ano, pelo membro da organização no Laboratório alemão LPT (Laboratório de Farmacologia e Toxicologia), são realizadas práticas caracterizadas como "desumanas" nos animais testados.
No vídeo de oito minutos pode ver-se, sobretudo, macacos, gatos e cães presos em pequenas jaulas, agitados e a fazerem sons estridentes. Para serem testados, os macacos são amarrados por uma estrutura de metal pelo pescoço, acabando mesmo por ficar com os membros amarrados.
Os macacos são identificados pelo grupo, que luta pela defesa dos animais, com uma das espécies que mais sofre neste laboratório, vendo-se mesmo um primata a bater com a cabeça contra uma porta, por falta de precaução do técnico. No caso dos cães, as imagens mostram os animais em jaulas repletas do seu próprio sangue ou urina, após serem submetidos a diversas experiências. Já os gatos surgem com as patas sem pêlo e avermelhadas depois de serem injetados com várias amostras de sangue durante várias horas. Os gatos podem chegar a ser submetidos a esta prática 13 vezes por dia.
Ainda segundo a informação divulgada pela Cruelty Free Internacional, estes testes visam encontrar a dose apropriada das drogas para um humano, tal como a sua eficácia.
Com 175 funcionários, o laboratório em questão, de acordo com o The Guardian, já foi alvo de nove inspeções. Contudo, a maior pena que a empresa sofreu foi uma sanção de 300 euros devido à aquisição de cães vindos do estrangeiro no laboratório.
Perante os dados e as imagens compiladas, a organização exige consequências legais e pede o encerramento do laboratório alemão. Não sobram dúvidas para Cruelty Free Internacional de que a empresa está a violar recomendações da União Europeia e as próprias leis alemãs.
Alertamos que as imagens que se seguem podem ferir suscetibilidades.