Trump escolhe para a Agricultura uma mulher que define como "patriota leal"

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sábado a nomeação da ex-assessora da Casa Branca Brooke Rollins para o cargo de secretária da Agricultura, completando a sua proposta para a futura administração.

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© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

Lusa
24/11/2024 06:38 ‧ 24/11/2024 por Lusa

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EUA

A nomeação deve ser confirmada pelo Senado (câmara alta do Congresso), que será controlado pelos republicanos quando Trump assumir o cargo, em 20 de janeiro de 2025.

 

Definida pelo republicano como "uma patriota leal", para estar à frente do Departamento de Agricultura, Brooke Rollins, uma advogada de 52 anos, nasceu na zona rural do Texas, e será responsável por quase 100.000 funcionários na administração norte-americana.

Brooke Rollins sucederia a Tom Vilsack, secretário da Agricultura do atual Presidente, o democrata Joe Biden, que supervisiona a extensa agência que controla políticas, regulamentação e programas de ajuda relacionados com agricultura, silvicultura, pecuária, qualidade alimentar e nutrição.

Se for confirmada pelo Senado, Rollins participará da renegociação do acordo comercial entre Estados Unidos, México e Canadá, que ocorrerá no próximo ano, e tratará da promessa do Presidente eleito de estabelecer tarifas sobre certos produtos agrícolas.

Trump anunciou também no sábado que escolheu para conselheiro da Casa Branca (presidência norte-americana) para matérias relacionadas com a luta contra o terrorismo o comentador e analista de segurança ultraconservador Sebastian Gorka.

Gorka, que não precisa da ratificação do Congresso para ocupar o lugar, desempenhará assim um cargo no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, depois de antes ter sido assessor adjunto de Trump de janeiro a agosto de 2017, durante o primeiro mandato do republicano, embora tenha acabado por se demitir.

O jornal conservador The Federalist noticiou, na altura, que a saída de Gorka se deveu à sua insatisfação com os primeiros meses da administração Trump.

Contudo, pouco antes da sua demissão, vários senadores democratas instaram Trump a confirmar se Gorka, que nasceu no Reino Unido e tem cidadania britânica, húngara e norte-americana, estava a ser investigado por alegadamente pertencer a uma organização neonazi húngara.

Gorka, de facto, assistiu à cerimónia inaugural do primeiro mandato do Presidente Trump com a medalha honorífica da organização nacionalista húngara Vitezi Rend, ligada ao nazismo, embora os seus líderes sempre tenham rejeitado essa relação. Gorka defendeu-se argumentando que a medalha foi atribuída ao seu pai.

Trump também anunciou que Alex Wong será o vice-conselheiro de segurança nacional e braço direito do escolhido para o cargo principal, Mike Waltz.

Wong foi vice-secretário de Estado adjunto para assuntos do Leste asiático e Pacífico e representante especial adjunto para a Coreia do Norte no primeiro governo de Trump.

O Presidente eleito norte-americano está a preencher os cargos de topo da sua segunda administração, muito diferente da primeira, dando prioridade a apoiantes leais, com algumas escolhas arriscando enfrentar difíceis batalhas de confirmação, mesmo com os republicanos a controlar o Senado dos Estados Unidos.

Leia Também: Quem é que Trump já escolheu para 'cargos-chave'? Conheça-os

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