Evo Morales tenta quarto mandato consecutivo nas presidenciais da Bolívia

Mais de 7,3 milhões de bolivianos, no país e no exterior, são hoje chamados a votar em eleições presidenciais e legislativas, para mandatos de cinco anos.

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Lusa
20/10/2019 23:19 ‧ 20/10/2019 por Lusa

Mundo

Bolívia

Este ano, pela primeira vez, foram realizadas primárias, em 27 de janeiro, das quais saíram os nove partidos ou alianças que concorrem a estas eleições gerais.

O atual presidente da Bolívia, Evo Morales, 59 anos, de origem indígena aimará e líder do partido Movimento para o Socialismo (MAS), terá oito 'adversários', com destaque para a aliança Comunidade Cidadã, liderada pelo ex-presidente Carlos Mesa, um jornalista de 66 anos, que nas sondagens ocupa o segundo lugar nas intenções de voto atrás de Morales.

Além do presidente e vice-presidente, os bolivianos votam para eleger 130 deputados, 36 senadores e nove governadores -- um por cada departamento do país --, que integrarão a Assembleia Legislativa para o período 2020-2025, atualmente controlado com uma maioria de dois terços pelo Movimento para o Socialismo de Evo Morales.

As assembleias de voto começaram a encerrar às 16h00 locais (21:00 em Lisboa) neste país de 11,3 milhões de habitantes onde o voto é obrigatório. Os primeiros resultados são aguardados no início da madrugada de segunda-feira e a oposição já manifestou o receio de "fraudes".

A decisão de Morales em apresentar-se a um quarto mandato apesar do "não" no referendo de fevereiro de 2016, foi muito criticada por diversos setores da sociedade boliviana e da oposição, que alertaram para uma deriva autocrática no caso de nova vitória.

No poder há 13 anos, Morales tornou-se no primeiro Presidente indígena e de esquerda do país andino, mas diversos casos de corrupção nos círculos próximos do poder e as denúncias de viragem autoritária também desgastaram a sua imagem, apesar de permanecer muito popular.

Os apoiantes do MAS, no poder, e os membros da oposição, com alguns a apelarem à "rebelião", prometeram descer à rua no caso de vitória do campo rival.

Os gigantescos incêndios que devastaram em agosto e setembro uma zona quase do tamanho da Suíça provocaram a indignação de povos indígenas, que acusam Evo Morales de ter sacrificado a Pachamama, Terra-mãe em língua quéchua, para alargar as terras agrícolas e aumentar a produção de carne destinada à China.

Os ambientalistas também questionam uma recente lei que autoriza o aumento de cinco para 20 hectares da desflorestação por queimadas.

Por sua vez, Morales fez uma campanha centradas nos sucessos da economia (crescimento elevado, forte redução da pobreza, nível recorde de reservas internacionais) e que tornou a Bolívia no país com a maior taxa de crescimento da região.

 

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