"O momento exige de cada um a máxima atenção e vigilância porque o país está a ser empurrado para uma situação de subversão da ordem constitucional por pessoas que querem a todo o custo chegar ao poder. Está em preparação um golpe de Estado com vista a interromper o processo da preparação das eleições presidenciais de 24 de novembro", pode ler-se na publicação dirigida aos guineenses e com o título de "urgente".
Segundo o primeiro-ministro, o ato "conduziria à prisão do primeiro-ministro, assim como de alguns ministros" do Governo e iria ser concretizado no seguimento de "ações de vandalismo também em preparação para as próximas horas".
"As provas materiais dos preparativos para a efetivação do crime estão seguramente guardadas para serem exibidas na altura devida", salientou Aristides Gomes.
Na publicação, o primeiro-ministro revela também que o autor daqueles atos "está devidamente identificado de forma inequívoca e chama-se Umaro Sissoco Embalo".
Umaro Sissoco Embalo, antigo primeiro-ministro guineense e dirigente do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), é candidato às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.
"Não obstante essas manobras que vão claramente contra o espírito da democracia, reafirmamos a nossa determinação em continuar a garantir todas as condições necessárias para que as eleições presidenciais tenham lugar a data marcada", referiu o primeiro-ministro, que está ausente do país, segundo fonte do seu gabinete.
A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada para 29 de dezembro.
A campanha eleitoral, na qual vão participar 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, vai decorrer entre 01 e 22 de novembro.