"O Governo brasileiro condena veementemente o brutal assassínio de Edmundo Rada, dirigente do partido Voluntad Popular e ex-vereador do município de Sucre, na Venezuela", afirmou, em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Na mesma nota acrescenta-se que, "à luz dos fortes indícios de motivações políticas do crime contra a vida de Edmundo Rada e de tantos outros líderes venezuelanos, o Governo brasileiro insta a que sejam investigados os crimes políticos praticados naquele país e punidos os culpados".
Para Governo do Brasil, "o assassínio de Edmundo Rada comprova, de maneira trágica, a necessidade de constante participação dos organismos multilaterais nas investigações de violações a direitos humanos na Venezuela".
As autoridades venezuelanas localizaram, no dia 17, o cadáver parcialmente carbonizado de Edmundo Rada, que estava desaparecido há mais de 24 horas.
O corpo do político venezuelano, popularmente conhecido como Pipo, foi localizado na estrada que liga as localidades de Petare a Santa Lucía (ambas a leste de Caracas).
Após o corpo ser encontrado, a oposição venezuelana responsabilizou Nicolás Maduro pelo crime.
"O assassinato de Edmundo Rada é uma mensagem de Maduro. Este delito não ficará impune, pois Pipo não se calaria", disse o líder opositor e presidente do parlamento, Juan Guaidó.
O líder da oposição venezuelana frisou também não ter "dúvidas de que o regime tratará de maquilhar isso como sempre tem feito", já que o corpo de Edmundo "Rafa foi queimado, mas a cara ficou ilesa", e que o opositor foi atingido com dois tiros na nuca e há suspeitas de que o assassinato foi realizado pelas Forças de Ações Especiais.