O juramento deveria realizar-se, como todos os anos, a 06 de maio, data em que se assinala o "Saque de Roma" de 1527, mas foi adiado para data ainda por definir, previsivelmente no próximo outono.
"Nestes dias de dor e recolhimento, após a morte do nosso amado Santo Padre Papa Francisco, a Guarda Suíça está totalmente concentrada na sua própria missão e junta-se em oração pelo seu eterno descanso", lê-se num comunicado da unidade militar.
O argentino Jorge Bergoglio morreu hoje de manhã, aos 88 anos, de um acidente vascular cerebral (AVC) fulminante, após mais de dois meses de graves problemas respiratórios causados por uma pneumonia dupla que o obrigaram a permanecer hospitalizado durante 38 dias, até 23 de março.
A Guarda Suíça estará presente em todas as cerimónias deste período de "sede vacante", como o funeral, e zelará sempre pela segurança dos cardeais que chegarão a Roma para eleger um sucessor, num futuro conclave.
Esta unidade militar jurou proteger o Papa no ano de 1506, quando os primeiros soldados suíços chegaram a Roma para se porem ao serviço do Papa então reinante, Júlio II.
Contudo, a data mais importante da sua longa história foi 06 de maio de 1527, quando os seus membros tiveram de defender o Vaticano da pilhagem que as tropas do imperador Carlos V perpetraram em Roma.
Aquele ataque causou a fuga do Papa Clemente VII para se proteger no Castelo Sant'Angelo de Roma e terminou com um massacre dos Guardas Suíços que o defendiam, tendo, dos 189 soldados, apenas 42 sobrevivido, anualmente recordados naquele juramento.
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