Hutis alvo de bombardeamentos dos EUA na frente de contacto com iemenitas

Os rebeldes ienenitas Hutis afirmaram hoje que aviões de combate norte-americanos lançaram nas últimas horas pelo menos 25 bombardeamentos contra as suas posições na linha da frente com as forças governamentais internacionalmente reconhecidas do Iémen.

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Lusa
21/04/2025 22:34 ‧ ontem por Lusa

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Hutis

Segundo a estação de televisão iemenita Al Masirah, um porta-voz do movimento rebelde apoiado pelo Irão afirmou num breve alerta que esta vaga de bombardeamentos visava desde o início da manhã o distrito de Tuhayta, a sul da cidade estratégica de Al-Hudeidah, no Mar Vermelho.  

 

Segundo a agência EFE, esta é a maior vaga de ataques das forças norte-americanas a um único distrito controlado pelos Hutis desde que Washington lançou uma campanha aérea contra o grupo xiita, a 15 de março, para minar as suas capacidades militares e dissuadi-lo de lançar ataques à navegação comercial no Mar Vermelho.

Os ataques em Tuhayta surgem no meio de relatos de que as forças governamentais iemenitas e os grupos aliados poderão tentar tomar a cidade estratégica aproveitando a cobertura aérea norte-americana.

As chamadas Forças Conjuntas, um grupo de fações armadas anti-Hutis apoiadas pelos Emirados Árabes Unidos (EAU), estão do outro lado de Tuhayta.

Estas forças relataram os ataques no seu site e indicaram que os bombardeamentos americanos visavam locais e quartéis controlados pelos rebeldes em diferentes partes de Tuhayta, concentrando-se nas linhas de frente' perto das posições do grupo pró-governo.

"Os ataques foram seguidos por explosões sucessivas que abalaram a área, provavelmente causadas por ataques a depósitos de armas Hutis", de acordo com o movimento armado.

Os ataques ocorrem "numa altura em que os distritos do sul da província testemunharam movimentos significativos dos Hutis nas últimas semanas, incluindo o envio para as áreas de combate de numerosos reforços militares compostos por centenas de combatentes e veículos", adiantaram as Forças Conjuntas.

Os Hutis "continuaram a intensificar a colocação de minas terrestres em áreas próximas das linhas de frente ao sul de Al Hudeidah", referiram ainda.

Nos últimos meses, os Hutis reforçaram as suas fortificações a sul de Al-Hudeidah para contrariar qualquer possível ataque terrestre das forças pró-governamentais para retomar a cidade portuária, um dos locais mais estratégicos nas mãos dos rebeldes.

O grupo xiita do Iémen e pró-iraniano iniciou ataques contra a navegação comercial na região do Mar Vermelho em novembro de 2023, para prejudicar economicamente Israel, em alegada solidariedade com o Hamas na guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra território israelita.

As ações dos Hutis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma região vital para a navegação comercial global, levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.

No domingo, os bombardeamentos aéreos dos Estados Unidos na capital do Iémen provocaram pelo menos 12 mortos e 30 feridos, no centro da capital Sana, segundo o Ministério da Saúde Huthi num comunicado citado pela agência de notícias oficial dos rebeldes Saba.

No sábado à noite, pelo menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em ataques aéreos norte-americanos contra a capital iemenita.

O exército norte-americano anunciou na quinta-feira que tinha bombardeado e destruído o porto de Ras Issa, controlado pelos Hutis.

O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) indicou em comunicado que destruiu o porto de combustível de Ras Issa, controlado pelos rebeldes, acusados por Washington de usar estas instalações para vender combustível e financiar as suas operações.  

No ataque ao porto de Ras Issa morreram pelo menos 74 pessoas e outras 171 ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde dos Hutis.

Os Hutis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.  

Leia Também: Hutis dizem que ataques dos EUA mataram cinco pessoas

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