"Nos primeiros minutos do dia procedeu-se à injeção de gás [de urânio nas cadeias de centrifugadoras e ao início] da produção e recolha de urânio enriquecido (...) na central de Fordo", lê-se no comunicado.
As centrifugadoras vão começar a enriquecer urânio até 4,5%, além dos limites do acordo nuclear, mas não chega nem perto aos níveis para fabricar armas nucleares (90%).
O Irão retoma assim as atividades de enriquecimento de urânio na sua fábrica de Fordo (uma instalação construída sob uma montanha ao norte da cidade sagrada xiita de Qom) congelada desde a entrada em vigor do acordo nuclear internacional alcançado em Viena em 2015.
Este é o quarto passo, desde maio, do plano de Teerão em reduzir os compromissos nucleares em resposta à retirada dos Estados Unidos, um ano antes, do acordo de Viena, disse Rohani.
Na segunda-feira, dia em que o Irão assinalou o 40.º aniversário da invasão da embaixada dos Estados Unidos em Teerão com protestos antiamericanos em muitas cidades, o dirigente do programa nuclear do Irão anunciou que o país começou a operar 60 centrifugadoras avançadas IR-6 para produzir urânio.
Na terça-feira, a Comissão Europeia mostrou-se "preocupada" com o anúncio de que o Irão irá reduzir ainda mais os compromissos assumidos no âmbito do acordo nuclear celebrado com a União Europeia (UE) e potências internacionais.
"Estamos preocupados com o anúncio feito hoje pelo Presidente iraniano de reduzir ainda mais os compromissos do Irão no âmbito do Plano de Ação Conjunto", também conhecido como acordo nuclear, declarou a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic, falando na conferência de imprensa do executivo comunitário, em Bruxelas.
"Apelamos a que o Irão retroceda em todas as atividades que são inconsistentes com esses compromissos e que evite outras ações que possam pôr em causa a preservação do acordo nuclear", acrescentou a responsável.