Depois de ter sido conhecida a decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil que anulou a prisão em segunda instância - o que significa que ninguém pode ser considerado culpado enquanto houver possibilidade de recursos – a defesa de Lula da Silva vai pedir esta sexta-feira a sua libertação imediata.
Uma decisão que recai na juíza de Curitiba, Carolina Lebbos. A magistrada pode autorizar o pedido de libertação de Lula e de outros presos no âmbito da Operação Lava Jato, como é o caso, por exemplo, do ex-ministro José Dirceu.
No entanto, a libertação não é um dado adquirido. A juíza pode decretar a prisão preventiva do petista, se for pedida pelo Ministério Público e se considerar que existem requisitos previstos na lei nesse sentido, tais como a eventual ameaça que o réu possa representar ou um possível risco de fuga.
Mas a confirmar-se a libertação de Lula, o jornal O Globo adianta os primeiros passos do ex-presidente e os seus objetivos a médio prazo. O primeiro ato político de Lula acontecerá em frente à sede da Polícia Federal de Curitiba, onde se encontra preso. Mais tarde, deverá fazer um comício em São Bernardo do Campo, cidade onde o antigo líder brasileiro vivia.
Há dois pontos que, segundo O Globo, Lula terá salientado aos seus aliados e que vão marcar a sua atuação política: o petista não vai fletir para o centro e também não vai fazer campanha pelo ‘impeachment’ de Bolsonaro.
No primeiro ponto, Lula fez questão de deixar claro que não vai tentar posicionar-se mais ao centro. “Avisa lá que serei mais à esquerda do que quando entrei”, terá afirmado. Já no que diz respeito ao segundo ponto, a estratégia de Lula passa por viajar pelo Brasil e fortalecer a oposição a Jair Bolsonaro.
Na agenda do antigo presidente estarão ainda deslocações para o exterior de forma a econtrar-se com personalidades que se manifestaram contra a sua prisão.