Congresso dos EUA iniciou audiências públicas para a destituição de Trump

O Congresso norte-americano iniciou hoje as audições públicas do inquérito para a destituição de Donald Trump, ouvindo duas figuras relevantes do Departamento de Estado acerca de alegada pressão sobre um líder estrangeiro para proveito do Presidente norte-americano.

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Lusa
13/11/2019 16:53 ‧ 13/11/2019 por Lusa

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As audiências públicas do processo de 'impeachment' estão a ser transmitidas em direto por vários canais televisivos norte-americanos, mas a Casa Branca já informou que o Presidente não está a assistir aos trabalhos no Congresso, porque "está a trabalhar".

William Taylor, o principal diplomata na Ucrânia, e George Kent, funcionário sénior do Departamento de Estado são as duas primeiras testemunhas nas audições públicas do inquérito para destituição, em que o Partido Democrata procurará demonstrar a sua tese de que Trump abusou do exercício de poder no exercício do cargo.

William Taylor apresentou factos que estão na base da argumentação para o inquérito para a destituição: a retenção de cerca de 400 milhões de dólares (quase 400 milhões de euros) de ajuda militar à Ucrânia, até que o Presidente desse país da Europa de Leste aceitasse investigar a investigar a atividade da família de Joe Biden, ex-vice-Presidente e atual rival político do Presidente norte-americano.

Na sua declaração inicial, o presidente do comité de inteligência da Câmara de Representantes, Adam Schiff, mencionou o papel relevante de Rudolph Giuliani, advogado do Presidente, na pressão sobre o Presidente ucraniano para que investigasse um alegado caso de corrupção envolvendo um filho de Joe Biden, criando um canal diplomático paralelo e ilegal nas relações com outros países.

Schiff criticou ainda Trump por se ter recusado a cooperar com o inquérito para a destituição, dizendo que o Congresso considerará se houve obstrução de justiça por parte da Casa Branca, o que poderá constituir novo terreno para o processo de 'impeachment'.

Sobre o caso ucraniano, William Taylor disse que Donald Trump tinha uma política para com a Ucrânia mais competente do que aquela conduzida pelo seu antecessor, Barack Obama, mas que o atual Governo deitou por terra essa estratégia, por razões políticas domésticas, referindo-se ao pedido de investigação a Joe Biden.

Taylor disse que ficou surpreendido por Trump ter ordenado uma suspensão ao apoio financeiro à Ucrânia, que poderia ser por tempo indeterminado, para garantir que o Governo ucraniano investigaria o caso de corrupção envolvendo Hunter Biden, filho de Joe Biden, atual candidato nas eleições primárias do Partido Democrata.

O principal diplomata norte-americano na Ucrânia explicou que vários membros da administração tentaram convencer Trump a levantar a suspensão da ajuda financeira à Ucrânia, mas que o Presidente demorou muito a autorizar a transferência de dinheiro (que apenas ocorreria um mês depois do telefonema ao Presidente ucraniano).

Taylor disse ainda que funcionários da Casa Branca ouviram Donald Trump falando ao telefone com diplomatas a quem interrogava sobre o avanço das investigações à empresa ucraniana a que esteve ligado o filho de Joe Biden.

Leia Também: Ativistas alemães enviam parte do Muro de Berlim a Trump. E com mensagem

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