Papa e arcebispo da Cantuária farão visita ao Sudão do Sul se houver paz

O Papa Francisco e o arcebispo da Cantuária pretendem fazer uma visita conjunta ao Sudão do Sul no próximo ano, caso seja formado um Governo de união nacional nos próximos três meses, anunciou hoje a agência noticiosa do Vaticano.

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Lusa
13/11/2019 21:54 ‧ 13/11/2019 por Lusa

Mundo

Igreja Católica

 

O chefe da Igreja Católica e o líder da Igreja Anglicana, o arcebispo da Cantuária, Justin Welby, conversaram durante o dia de hoje no Vaticano.

De acordo com o portal Vatican News, os dois concordaram que, "caso a situação política do país [Sudão do Sul] permita" a criação de um governo de união nacional nos próximos cem dias, "faz parte dos planos uma visita conjunta ao Sudão do Sul".

No domingo, o Papa Francisco admitiu a vontade de realizar uma visita ao Sudão do Sul em 2020.

Em abril deste ano, Francisco reuniu todas as partes envolvidas do conflito do Sudão do Sul no Vaticano, numa reunião de três dias de reflexão e, no final, Francisco teve um gesto histórico ao beijar os pés de todos os representantes daquele país.

O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do norte árabe e muçulmano em 2011, mas a partir do final de 2013 o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-Presidente, Riek Machar.

As partes formaram um Governo de unidade nacional em 2016, que caiu poucos meses após a formação devido a um reinício da violência, tendo essa sido a primeira tentativa de pacificação do jovem país africano.

O acordo para a criação de um Governo unitário com os rebeldes, aprovado em setembro, foi o mais recente de uma série de acordos entre o executivo de Salva Kiir e os rebeldes liderados por Machar desde o início de uma guerra civil, em 2013.

Em cinco anos de conflito, estima-se que este tenha provocado a morte de 400.000 pessoas e levado a que quatro milhões ficassem deslocadas.

Na semana passada, Kiir e Machar acordaram adiar a criação de um governo de união nacional por 100 dias.

Leia Também: Papa Francisco preocupado com Chile pede diálogo e fim de manifestações

 

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