Defesa vai pedir que o fundador do WikiLeaks não seja extraditado

A defesa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, vai pedir que o ativista não seja extraditado para os Estados Unidos, ao considerar que os alegados crimes dos quais Assange é acusado são de natureza "política".

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Lusa
19/12/2019 16:12 ‧ 19/12/2019 por Lusa

Mundo

Julian Assange

A informação foi avançada pelo advogado de Assange, Edward Fitzgerald, durante uma audiência regular realizada hoje no Tribunal de Magistrados de Westminster (Londres), na qual Assange apareceu por videoconferência a partir da prisão de Belmarsh, sul de Londres.

Assange, que só falou para confirmar a sua identidade durante os 45 minutos da audiência, compareceu no âmbito da preparação dos calendários preliminares para a realização do seu julgamento de extradição para os EUA, previsto para 24 de fevereiro de 2020.

Segundo a juíza Vanessa Baraitse, o processo pode levar até quatro semanas.

Fitzgerald argumentou que no tratado de extradição entre Londres e Washington de 2007 existe "a proibição de ser extraditado por um crime político" e considerou que aqueles atribuídos a Assange, conforme contemplado, são dessa natureza.

O advogado também adiantou que a defesa do ativista vai levar um total de 21 testemunhas em fevereiro.

Além disso, Fitzgerald reiterou as suas queixas sobre os "grandes problemas" enfrentados pela sua equipa para entrar em contacto com Assange na prisão, depois de na audiência anterior ter lamentado que o arguido não tem um "computador adequado" para preparar a sua argumentação.

No mês passado, 60 médicos de vários países enviaram uma carta aberta à ministra do Interior britânica, Priti Patel, alertando que Assange poderia morrer na prisão se não recebesse atendimento médico urgente.

Julian Assange, 48 anos, encontra-se detido na prisão de alta segurança em Belmarsh, onde aguarda a decisão do tribunal britânico sobre o pedido de extradição para os Estados Unidos onde pode vir a ser julgado pela divulgação de documentos confidenciais.

Os Estados Unidos acusam o fundador do portal WikiLeaks de se ter infiltrado nos sistemas informáticos governamentais norte-americanos.

Julian Assange esteve cerca de sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres, onde foi preso, este ano.

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