De acordo com a comunicação social nigeriana, o vídeo, com cerca de um minuto, foi partilhado pela agência do grupo, a Amaq, através da plataforma de divulgação de mensagens Telegram e mostra 11 homens vendados a serem abatidos e esfaqueados por membros do ISWAP.
"Esta é uma mensagem para os cristãos por todo o mundo", afirmou um homem mascarado no vídeo.
A execução conjunta terá sido uma resposta à morte, em outubro, do então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, e do seu porta-voz.
Baghdadi ter-se-á suicidado para evitar ser capturado pelas forças dos Estados Unidos da América, durante uma rusga ao seu esconderijo, na província de Idlib, no noroeste da Síria.
Nos últimos meses, o ISWAP - uma fação do grupo 'jihadista' nigeriano Boko Haram e afiliado do autodenominado Estado Islâmico - tem intensificado os seus ataques a cristãos, realizando até bloqueios a estradas e buscas.
Através do seu porta-voz, o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, disse estar "profundamente triste e chocado com a morte de reféns inocentes" às mãos de "grupos assassinos sem escrúpulos, sem Deus e desalmados", acrescentando que estes "dão um mau nome ao Islão".
Buhari destacou que a sua prioridade continua a ser a segurança coletiva de todos os cidadãos da Nigéria, apelando para que estas execuções não dividam a população do país da África Ocidental.
Na terça-feira, as Nações Unidas condenaram a "crescente prática por grupos armados de estabelecerem postos de controlo dirigidos a civis" no nordeste da Nigéria.
A violência levou mais de 250.000 pessoas a abandonarem as suas casas e provocou um fluxo de 60.000 refugiados nigerianos.
O grupo Boko Haram foi criado em 2002 no nordeste da Nigéria por Mohameh Yusuf.
Inicialmente, os seus ataques eram dirigidos à polícia nigeriana, mas desde a morte de Yusuf, em 2009, o grupo passou a ter uma abordagem mais radical.
Desde então, o Boko Haram matou mais de 20.000 pessoas e as suas ofensivas provocaram aproximadamente dois milhões de deslocados, de acordo com as Nações Unidas.