A coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque 'Le Hachd al-Chaabi' já tinha ordenado aos seus partidários que abandonassem o cerco à embaixada, mas uma das fações mais radicais foi resistindo ao cumprimento da ordem.
Na terça-feira, milhares de manifestantes atacaram a representação diplomática dos EUA, queimando bandeiras, derrubando câmaras de vigilância e gritando "morte à América", após ataques mortais americanos a um grupo armado iraquiano pró-iraniano.
Dezenas de manifestantes acamparam junto à embaixada, onde passaram a noite, um dia depois de terem invadido o complexo, destruindo uma área de receção e quebrando janelas num dos piores ataques àquela embaixada.
Hoje, forças de segurança dos EUA voltaram a lançar gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que estavam no exterior do complexo da embaixada, segundo a agência noticiosa Associated Press (AP).
Na terça-feira, Washington anunciou o reforço do seu contingente militar no Iraque com "centenas de soldados", após as manifestações junto à sua embaixada em Bagdade em protesto contra uma ação militar no domingo, que provocou dezenas de mortos e feridos.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, disse que esperava que o Iraque usasse as suas forças para proteger a embaixada americana em Bagdade de ser atacada por milhares de manifestantes.
"Esperamos que o Iraque use as suas forças para proteger a embaixada, e elas foram informadas!", afirmou Donald Trump, numa publicação na rede social Twitter, acusando Teerão, capital do Irão, de estar por trás da violência.
Segundo o presidente norte-americano, o Irão está a orquestrar um ataque à embaixada americana no Iraque e "serão totalmente responsabilizados".
O Governo do Irão já negou, entretanto, estar envolvido no ataque contra a embaixada dos Estados Unidos no Iraque, advertindo as autoridades americanas sobre qualquer erro de cálculo e ato imprudente.
Em resposta às acusações, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irão, Abas Musaví, disse que o seu país está a ser alvo de "uma espécie de obscenidade americana e erros de cálculo repetitivos".