Neste momento, cerca de seis mil filipinos vivem no Iraque e perto de 1.600 estão no Irão, indicou, em comunicado, o porta-voz do Ministério da Defesa, Arsenio Andolong.
Rodrigo Duterte convocou, no domingo, uma reunião de emergência com o ministro da Defesa, Delfin Lorenzana, o chefe das Forças Armadas, Felimon Santos, e o chefe da polícia, Archie Gamboa, para debater o plano de contingência.
"O Presidente ordenou às Forças Armadas que preparem os ativos aéreos e navais para trazer para casa os nossos compatriotas, no caso de se iniciarem hostilidades abertas no Médio Oriente que possam pôr em perigo as suas vidas", explicou Andolog.
No sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou atacar 52 alvos no Irão, no caso de eventuais represálias pelo assassínio do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque aéreo na sexta-feira, em Bagdade.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear de 2015.
O secretário da Justiça filipino, Menardo Guevarra, adiantou que, juntamento com o Gabinete de Imigração, está a estudar a possibilidade de proibir o envio de trabalhadores filipinos para o Irão, o Iraque e a Líbia.
Ao todo, 1,2 milhões de filipinos trabalham no Médio Oriente, indicou o Congresso de Sindicatos das Filipinas.
Perto de dez milhões de filipinos são trabalhadores emigrantes e o envio das remessas representa perto de 10% da riqueza do arquipélago.
Os trabalhadores filipinos no Médio enviaram remessas no valor de 6,7 milhões de dólares (cerca de seis milhões de euros) em 2018 e cinco milhões (cerca de 4,5 milhões de euros) entre janeiro e outubro passado, de acordo com dados oficiais.